Fabiano Hessel (� esquerda) � o respons�vel pelo Centro de Inova��o para Cidades Inteligentes, que funciona dentro da Pucrs desde o in�cio de abril Fabiano Hessel (� esquerda) � o respons�vel pelo Centro de Inova��o para Cidades Inteligentes, que funciona dentro da Pucrs desde o in�cio de abril Foto: FREDY VIEIRA/JC

RS a caminho de ter Cidades Inteligentes

Centro inaugurado na Pucrs funciona como um hub de pesquisa e desenvolvimento do conceito de smart city e de Internet das Coisas

Funciona desde abril, em Porto Alegre, o Centro de Inovação para Cidades Inteligentes, iniciativa da Pucrs e da chinesa Huawei - líder em Tecnologia da Informação e Comunicação.
O centro funciona como um hub de pesquisa e desenvolvimento do conceito de smart city e de Internet das Coisas (IoT). O objetivo é que municípios do Rio Grande do Sul possam se apropriar do conceito e contar com o espaço para buscar soluções, assim como empresas que estejam interessadas em desenvolvê-las. E, desta forma, através de uma plataforma aberta, aos poucos, mudar o ecossistema do Estado. O coordenador da iniciativa, Fabiano Hessel, fala sobre a mudança que isto representa.
GeraçãoE - A participação das pessoas é cada vez mais constante nos processos entre o setor público e privado. Esta é uma virada na concepção de cidade?
Fabiano Hessel - Sim, Até pouco tempo atrás, as pessoas eram encaradas como passivas. O ambiente público e empresas desenvolviam coisas sem perguntar para as pessoas se aquilo era interessante. Hoje, já não se desenvolve coisas no "achismo", pergunta-se para saber. E a segunda virada é que a partir do momento que tu começas a inserir as pessoas no processo das cidades, elas começam a se tornar ativas. As pessoas passam a ser um núcleo de monitoramento das cidades. Se há um app em Porto Alegre para relatar problemas, a pessoa começa a se sentir inserida. Mas o agente público precisa ter uma velocidade no atendimento à demanda. Não adianta nada eu dar esse empoderamento ao cidadão, se eu não consigo atender à necessidade dele.
GE - E como integrar diferentes empresas nesta iniciativa?
Hessel - Há outro problema: cada um quer fazer o seu aplicativo. Um para bicicletas, outro em que tu vês o clima, outro que tu consultas os ônibus. Mas as coisas têm de funcionar de forma integrada. Propomos um novo nível de parceria. Projetos que possam ter colaboração de várias empresas que, juntas, vão propor uma solução, para a indústria ou para uma cidade inteira. A grande dificuldade que se tem hoje é de interoperar os sistemas. Queremos mudar o paradigma, para que as empresas se consorciem através do centro. Vamos agir como uma grande plataforma na interoperalização. O que somos é um baita tubo de cola. Pegamos vários pedacinhos, colamos e tudo funciona.
GE - Quais os desafios para Porto Alegre tornar-se uma cidade inteligente?
Hessel - Independentemente de ser Porto Alegre ou não, o primeiro grande desafio das cidades em geral é saber o que elas querem. Muitas vezes, a administração pública não sabe direito o que quer, o tipo de serviço que a população precisa. Começa por aí. A cidade tem de ter um planejamento estratégico do que ela quer, porque não vai durar um mandato, vai precisar ter continuidade. A primeira coisa é a infraestrutura de comunicação. Não adianta eu fazer um ônibus inteligente ou uma luminária inteligente se eu não consigo transmitir dados através dele.
GE - Quais os projetos que já surgiram?
Hessel - Foi assinado um acordo com a prefeitura de Porto Alegre para que eles determinem em qual a rua será realizado o teste de campo de uma luminária inteligente [que identifica quando há lâmpadas com necessidade de troca]. Estamos aguardando. Mas é algo que pode ser aplicado a qualquer lugar. Outras cidades vieram conversar comigo com interesse de testar.
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