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Economia

- Publicada em 27 de Abril de 2016 às 20:06

Taxa básica de juros permanece em 14,25%

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado. Todos os 50 economistas e instituições consultados previram a Selic estável nesta reunião. É a sexta reunião consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada, mesmo com alguns sinais de desaceleração da inflação. A decisão foi unânime entre os membros do Copom.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado. Todos os 50 economistas e instituições consultados previram a Selic estável nesta reunião. É a sexta reunião consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada, mesmo com alguns sinais de desaceleração da inflação. A decisão foi unânime entre os membros do Copom.
O presidente da Fiergs, Heitor Müller, disse, após o anúncio, que o "Banco Central parece ter seguido o compasso de espera que pauta o comportamento de empresários e consumidores nas últimas semanas". Segundo ele, a recessão acelerada e o encaminhamento de uma definição para a crise política, qualquer que seja seu sentido, pesaram na decisão do comitê. O dirigente afirmou que há maior chance de se verificar o início de um ciclo de queda na taxa Selic a partir do segundo semestre, quando a política monetária passa a mirar a meta do ano seguinte.
A inflação medida pelo IPCA, índice oficial do País, caiu pela metade em março, com a baixa do preço da energia elétrica no mês, resultado da mudança da bandeira tarifária da conta de luz de vermelha para amarela. Segundo o IBGE, o IPCA foi de 0,43% no mês passado, abaixo do índice apurado em fevereiro deste ano (0,90%) e do mesmo mês do ano passado (1,32%).
Com a desaceleração no mês, o índice acumulado nos últimos 12 meses voltou a ficar na casa de um dígito: 9,39%. Isso não acontecia desde outubro do ano passado, quando estava em 9,93%. Entretanto, mesmo com a queda na conta de luz, a tendência é que a inflação de abril acelere em relação a março, conforme indicou a prévia da inflação oficial para o mês. O IPCA-15 de abril foi de 0,51%, alta em relação aos 0,43% registrados na prévia do mês de março.
O BC havia indicado que não havia espaço para cortes da Selic neste momento. No dia 7 de abril, o presidente do BC, Alexandre Tombini, listou razões para que a inflação fique mais controlada em 2016, mas descartou redução de juros.
Tombini afirmou, naquela ocasião, que o cenário não "nos permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias". O mercado, no entanto, espera que haja uma redução da Selic ainda neste ano. A expectativa de economistas ouvidos pelo BC no último boletim semanal Focus é de que a taxa encerre o ano em 13,25%, ante previsão de 13,38% no boletim anterior. Para 2017, o mercado reduziu a projeção de 12,25% para 12%.
A expectativa de corte da Selic ocorre em função das estimativas de desaceleração da inflação, em meio à queda da atividade econômica. Conforme o boletim Focus, o índice oficial de preços fechará o ano com avanço de 6,98%, queda em relação à projeção de 7,08% da semana anterior. Quatro semanas antes, a expectativa era de inflação de 7,31%. Para 2017, a projeção também recuou, passando de 5,93% na semana passada para 5,80% nesta semana.
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