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Economia

- Publicada em 27 de Abril de 2016 às 21:59

Rentabilidade do campo atrai os bancos privados

Na feira de Ribeirão Preto, Santander e Bradesco estão fazendo ampla divulgação e oferta de vantagens

Na feira de Ribeirão Preto, Santander e Bradesco estão fazendo ampla divulgação e oferta de vantagens


AGRISHOW/DIVULGAÇÃO/JC
O agronegócio brasileiro se tornou tão rentável, apesar do sempre existente risco climático, que os banco privados, até pouco tempo arredios ao crédito agrícola, passaram a buscar os produtores rurais, oferecendo-lhes dinheiro para plantar e comprar máquinas. O entrave para o crescimento dos negócios, no entanto, é a taxa de juros. Enquanto no crédito oficial - Banco do Brasil, Caixa Federal e Bndes - os juros oscilam atualmente entre 7% e 9% ao ano, nos bancos privados estão entre 20% e 25% ao ano. Por isso, a atividade rural precisa ser rentável, ajustada e lucrativa para suportar tais juros, comentou um grande produtor de soja do Mato Grosso que negociava ontem um financiamento na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). "É preciso ter muita fé nos resultados para acertar tal compromisso", disse.
O agronegócio brasileiro se tornou tão rentável, apesar do sempre existente risco climático, que os banco privados, até pouco tempo arredios ao crédito agrícola, passaram a buscar os produtores rurais, oferecendo-lhes dinheiro para plantar e comprar máquinas. O entrave para o crescimento dos negócios, no entanto, é a taxa de juros. Enquanto no crédito oficial - Banco do Brasil, Caixa Federal e Bndes - os juros oscilam atualmente entre 7% e 9% ao ano, nos bancos privados estão entre 20% e 25% ao ano. Por isso, a atividade rural precisa ser rentável, ajustada e lucrativa para suportar tais juros, comentou um grande produtor de soja do Mato Grosso que negociava ontem um financiamento na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). "É preciso ter muita fé nos resultados para acertar tal compromisso", disse.
Mesmo assim, bancos como Santander e Bradesco resolveram ingressar no mercado do crédito agrícola com muita agressividade, fazendo grande propaganda das vantagens que oferecem. O Santander, por exemplo, lançou um programa de 10 medidas para ser a instituição "mais próxima do produtor rural". Carlos Aguiar, superintendente executivo de Agronegócios, informou que, em 2015, a carteira de financiamentos do Santander para o agronegócio cresceu 10% e hoje está em R$ 38 bilhões. "O nosso apetite para aprovar crédito depende da qualidade e das necessidades do produtor", explicou, "e sempre teremos empréstimo para o fazendeiro profissional, que planeja produzir mais e de forma sustentável".
Uma das medidas adotadas foi facilitar o acesso dos interessados ao banco, inclusive, diminuindo o tempo para liberar o financiamento, reduzido em 40%. Outra medida foi a criação de uma Conta Super, digital, com cartão pré-pago, útil para fazer a gestão de folha de pagamento e os depósitos de salários dos trabalhadores rurais. O banco também preparou pessoal específico para atender os produtores rurais e fez acordos com as montadoras Jacto, Massey Ferguson, John Deere, New Holland e Jumil para que os interessados possam fazer o pedido de financiamento diretamente nas concessionárias, sem precisar ir ao banco. Também não cobra taxa de comissão que, no mercado, varia de 1% a 3% do valor total do bem comprado. E exige apenas 20% de entrada, quando o padrão do mercado é 50%.
O acesso ao crédito agrícola é uma das variáveis mais importantes para o desenvolvimento da agricultura em países como o Brasil, segundo Alessandro Maritano, vice-presidente para a América Latina da New Holland. Citando o banco CNH, que pertence ao mesmo grupo, o executivo informou que estão sendo procurados novos canais para que o crédito não seja problema, fazendo ofertas agressivas e estimulando a demanda dos clientes. "A agricultura brasileira chegou ao patamar em que se encontra, uma das mais importantes do mundo, pelas condições de clima e solo que o País oferece, pelo trabalho do homem do campo, mas, principalmente, pela oferta de crédito criada nos últimos anos", disse. Maritano elogiou a antecipação do anúncio do Plano Safra 2016/2017 para o dia 4 de maio, pois, segundo ele, o atraso ocorrido no ano passado deixou uma lacuna no mês de junho. "Quanto antes se souber as regras, melhor para todo mundo, pois permite estabilidade e visão de futuro", disse.
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