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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2016 às 21:47

Lucro líquido da Lojas Renner cai 10,5% no primeiro trimestre do ano

Resultado do grupo atingiu patamar inferior a igual período de 2015

Resultado do grupo atingiu patamar inferior a igual período de 2015


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Marina Schmidt
Com uma base de comparação elevada, a Lojas Renner, no primeiro trimestre deste ano, registrou lucro líquido de R$ 65,5 milhões, retração de 10,5% na comparação com igual período do ano passado. A margem líquida foi de 6,1%, ante 7,2% dos três primeiros meses do ano passado. A receita líquida de mercadorias superou R$ 1 milhão (alta de 6,5% na comparação com igual período do ano passado), e as vendas em mesmas lojas subiram 1,3%.
Com uma base de comparação elevada, a Lojas Renner, no primeiro trimestre deste ano, registrou lucro líquido de R$ 65,5 milhões, retração de 10,5% na comparação com igual período do ano passado. A margem líquida foi de 6,1%, ante 7,2% dos três primeiros meses do ano passado. A receita líquida de mercadorias superou R$ 1 milhão (alta de 6,5% na comparação com igual período do ano passado), e as vendas em mesmas lojas subiram 1,3%.
Apesar de se posicionar acima da média do varejo de vestuário e calçados, que registra quedas consecutivas desde novembro de 2014, o resultado da varejista atingiu um patamar muito inferior ao do obtido nos primeiros três meses de 2015 - quando o crescimento chegou a 43,8%, e as vendas nas mesmas lojas expandiram 16,5%, na comparação com o primeiro trimestre de 2014.
De acordo com o balanço divulgado pela companhia ontem, o período foi marcado por performances distintas entre os três primeiros meses, com desaceleração das vendas a partir de março. O CFO da Lojas Renner, Laurence Gomes, contextualiza que o resultado foi impactado por uma conjunção de fatores internos e externos.
A expectativa já era de um crescimento inferior ao atingido no primeiro trimestre de 2015, porém Gomes confirma que, ainda assim, as vendas vieram "um pouco abaixo do esperado". Internamente, o que influenciou no desempenho foi o desencontro na oferta de peças leves e uma menor assertividade na coleção, especificamente na categoria feminino adulto. "Tivemos uma gestão de estoques mais rigorosa, o que ocasionou a falta de produtos leves", argumenta, acrescentando que as temperaturas atuais estão de três a oito graus acima das temperaturas médias do ano passado.
Confirmam essa tese as lojas instaladas em regiões quentes, que, segundo sinaliza o gestor, alcançaram melhor desempenho de vendas do que as que estão localizadas em regiões frias. As boas vendas entre dezembro e janeiro, somadas ao maior rigor de qualidade em alguns produtos, o que ocasionou atrasos de entregas, e a postergação de importações também estão por traz do desfalque de peças leves, elenca Gomes. "São fatores que já foram solucionados", frisa o executivo do grupo.
No contexto macroeconômico, afetam o resultado o aumento do desemprego e, principalmente, a baixa confiança dos consumidores. Apesar disso, o entendimento do gestor é de que o desempenho, no geral, foi positivo. "Nós, no primeiro trimestre, conseguimos crescimento positivo mesmo com esse contexto de retração de vendas do varejo em geral", argumenta.
No período, o grupo abriu sete novas lojas: duas da marca Renner, uma da Camicado e quatro da Youcom. Os investimentos, no trimestre, totalizaram R$ 87,5 milhões (deste montante, R$ 39,6 milhões foram aplicados na abertura das novas lojas) ante R$ 71,5 milhões no mesmo período de 2015. As margens operacionais e o crescimento de vendas das marcas Camicado e Youcom foram o destaque do trimestre, segundo Gomes.
As despesas operacionais aumentaram 16,2% no período, atingindo 44% da receita líquida de mercadorias ante 40,3% no mesmo período de 2015. Essa evolução é justificada no balanço, principalmente, pelos encargos da reoneração da folha de pagamento, o aumento do custo da energia elétrica e a abertura de maior número de novas lojas. O Ebitda ajustado total atingiu R$ 185,8 milhões, com decréscimo de 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, e a margem Ebitda ajustada total do trimestre foi de 17,3% (18,5% se desconsiderado o efeito da reoneração da folha de pagamentos) ante 19,7%, na comparação com 2015.
Na linha de produtos financeiros, "o resultado veio melhor do que o esperado", aponta. "A inadimplência teve um crescimento inferior ao do ano passado, como consequência das ações que estamos tomando na concessão de crédito e também nas estratégias de cobranças", argumenta.
O resultado de produtos financeiros atingiu R$ 68,8 milhões (alta de 1,1%), e as perdas no cartão Renner, líquidas das recuperações, foram de 1,8% sobre a carteira, apresentando melhora com relação aos 2,4% registrados no primeiro trimestre de 2015.
"A inadimplência atingiu um dos menores índices nos últimos nove anos, mesmo com esse cenário. Então todas as ações dos últimos 18 meses estão dando resultado agora." Na categoria, o único produto que decresceu foi a carteira de Saque Rápido.
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