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Economia

- Publicada em 24 de Abril de 2016 às 19:36

Estado liderou saldo positivo de vagas formais

Lúcia apontou comportamento sazonal de setores

Lúcia apontou comportamento sazonal de setores


JONATHAN HECKLER/JC
O mercado de trabalho formal no Rio Grande do Sul está andando na contramão da média brasileira. Enquanto o País registrou a maior perda de vagas com carteira assinada para março em 25 anos, o Estado liderou no saldo positivo de criação de vagas no mês em 2016 e no acumulado do ano.
O mercado de trabalho formal no Rio Grande do Sul está andando na contramão da média brasileira. Enquanto o País registrou a maior perda de vagas com carteira assinada para março em 25 anos, o Estado liderou no saldo positivo de criação de vagas no mês em 2016 e no acumulado do ano.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam um saldo de 4.803 empregos (diferença de admissões e demissões) com carteira assinada na série sem ajuste, o equivalente a uma expansão de 0,18% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada em fevereiro. Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, houve acréscimo de 18.614 postos, alta de 0,72%, no Estado nos três primeiros meses do corrente ano.
A indústria de transformação (5.598 postos) puxou o desempenho, graças ao saldo positivo do processamento de fumo, que gerou 3.236 postos, seguido pelo comércio (1.546 postos). O setor primário teve queda, com perda de 2.129 postos. No País, Goiás (3.331), Roraima (220) e Mato Grosso do Sul (187 postos criados) completaram o quadro de dados positivos em março.  
Para Lúcia Garcia, coordenadora do sistema da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese nacional, as informações não surpreendem. Segundo Lúcia, a atividade econômica gaúcha, historicamente, desaquece em dezembro e volta lentamente a ser reativada e a recuperar postos de trabalho no primeiro trimestre do ano. Ela ainda aponta que o mercado de trabalho é mais complexo do que parece.
"Não basta olharmos apenas para a geração de empregos - ela precisar ser em volume suficiente para a força de trabalho que se tem disponível", ressalta a coordenadora do sistema da PED. Lúcia tem ainda outra explicação para a discrepância entre a sensação de falta de empregos que se tem e os números do Caged. "A crise no Brasil foi orquestrada, ainda que tenha certo fundamento econômico, e intencionalmente agravada por alguns segmentos - porta-vozes de interesses de classes no País", afirma. "O empresariado embarcou nessa, mas isso parece já estar saturado."
O País fechou março com perda de 118.776 postos, recuo de 0,3% frente ao mês anterior. Em 12 meses, a redução é de 1,85 milhão de vagas formais. O comércio e a indústria de transformação fecharam o maior número de vagas, respectivamente, 41.978 e 24.856 postos. Em terceiro lugar, vem a construção civil, com supressão de 24.184 vagas. Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram São Paulo (32.616 vagas), Rio de Janeiro (13.741) e Pernambuco (11.383).
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