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Economia

- Publicada em 12 de Abril de 2016 às 18:11

Freio na alta de preços amplia vendas do varejo

desempenho positivo ocorreu em metade das atividades acompanhadas pelo IBGE. Esse avanço foi influenciado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que tiveram alta de 5% em fevereiro, na comparação ao mês anterior.

desempenho positivo ocorreu em metade das atividades acompanhadas pelo IBGE. Esse avanço foi influenciado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que tiveram alta de 5% em fevereiro, na comparação ao mês anterior.


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O freio no ritmo de aumento de preços no comércio varejista foi fundamental para a alta de 1,2% registrada nas vendas em fevereiro ante janeiro, afirmou o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O freio no ritmo de aumento de preços no comércio varejista foi fundamental para a alta de 1,2% registrada nas vendas em fevereiro ante janeiro, afirmou o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Bentes calcula que a inflação do varejo foi de apenas 0,1% em fevereiro na média dos oito segmentos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais baixo desde dezembro de 2014, quando houve recuo de 0,4% nos preços, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio.
"A redução na inflação é tão importante que explicou em boa medida essa alta surpresa de 1,2%. Parte desse fenômeno é estatístico, porque o varejo tinha recuado 1,9% no mês anterior. Mas esse avanço no volume vendido decorre, principalmente, de uma inflação menor", avaliou Bentes.
A CNC espera uma queda de 4,5% nas vendas do varejo em 2016. Por enquanto, nos dois primeiros meses do ano, o recuo acumulado é de 7,6%. "Temos expectativa de que essa queda nas vendas deva se atenuar com a desaceleração da inflação, que parece estar se concretizando", explicou o economista.
Bentes estima que o segundo semestre de 2016 já possa ser melhor para segmentos relacionados ao poder aquisitivo das famílias, mas que o alto patamar das taxas de juros atrapalhe as atividades cujas vendas são mais dependentes do crédito. "Vislumbramos alguma melhora nos segmentos mais ligados à renda, como supermercados, combustíveis e farmácia. Mas para os demais, com a taxa de juros onde está, fica difícil qualquer previsão e recuperação", afirmou.
O avanço de 1,2% nas vendas do varejo em fevereiro, na comparação com o mês anterior, interrompeu uma sequência de dois meses consecutivos de queda no indicador. Trata-se do melhor desempenho do comércio varejista desde julho de 2013, quando avançou 3%. O resultado foi insuficiente, no entanto, para recuperar as perdas acumuladas nos dois meses anteriores, que foi de 4,1%.
O desempenho positivo ocorreu em metade das atividades acompanhadas pelo IBGE. Esse avanço foi influenciado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que tiveram alta de 5% em fevereiro, na comparação ao mês anterior. O ramo acumula agora queda de 13,4% no ano e também de 13,4% nos últimos 12 meses.
Outro segmento com avanço de janeiro para fevereiro foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). De acordo com o levantamento, esse setor havia registrado queda de 3,2% no mês anterior.
Entre os ramos que registraram queda, os destaques ficaram para tecidos, vestuário e calçados (-2,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,4%). O ramo chamado "outros artigos de uso pessoal e doméstico" recuou 0,1% no mês.
O chamado "varejo ampliado", que, além dos oito segmentos, também inclui os ramos de veículos e material de construção, teve alta de 1,8% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo os dados da pesquisa do IBGE.
Veículos, motos e peças tiveram aumento de 3,8% nas vendas no mês frente a janeiro. Já o ramo de materiais de construção aumentou 3,3% na comparação ao mês anterior.
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