Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 22:39

PDT dividido

Lasier Martins

Lasier Martins


FREDY VIEIRA/JC
O esfacelamento da base governista teve a sua maior prova na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O PDT, que era contra e orientou a votação no "não", ameaçando quem votasse "sim" com a expulsão, teve o voto mais rachado da Câmara. Os outros partidos ou seguiram a orientação ou tiveram uma pequena minoria votando contrária à orientação dos líderes. O PDT não. Dos 19 deputados da legenda, 12 votaram pelo "não", seis pelo "sim" e houve uma abstenção: o deputado federal Pompeo de Mattos. Entre os pedetistas gaúchos, a falta de unidade ficou patente: além de Pompeo, que se absteve, Giovani Cherini votou a favor, e Afonso Motta, contra. No Senado, o cenário entre os pedetistas é o mesmo. O gaúcho Lasier Martins declarou que irá votar a favor do impeachment, enquanto Telmário Mota (RR) disse que vota contra. O líder, Acir Gurgacz (RO), faz mistério e não declara, mas conversas de bastidores apontam que ele quer votar a favor, mas estaria sofrendo pressão do presidente do partido, Carlos Lupi, para ir contra. Lasier Martins, caso o partido cumpra a ameaça, sai do PDT e fica sem partido. Já recebeu convite de outras agremiações. Falta saber se os deputados que votaram "sim" serão realmente punidos.
O esfacelamento da base governista teve a sua maior prova na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O PDT, que era contra e orientou a votação no "não", ameaçando quem votasse "sim" com a expulsão, teve o voto mais rachado da Câmara. Os outros partidos ou seguiram a orientação ou tiveram uma pequena minoria votando contrária à orientação dos líderes. O PDT não. Dos 19 deputados da legenda, 12 votaram pelo "não", seis pelo "sim" e houve uma abstenção: o deputado federal Pompeo de Mattos. Entre os pedetistas gaúchos, a falta de unidade ficou patente: além de Pompeo, que se absteve, Giovani Cherini votou a favor, e Afonso Motta, contra. No Senado, o cenário entre os pedetistas é o mesmo. O gaúcho Lasier Martins declarou que irá votar a favor do impeachment, enquanto Telmário Mota (RR) disse que vota contra. O líder, Acir Gurgacz (RO), faz mistério e não declara, mas conversas de bastidores apontam que ele quer votar a favor, mas estaria sofrendo pressão do presidente do partido, Carlos Lupi, para ir contra. Lasier Martins, caso o partido cumpra a ameaça, sai do PDT e fica sem partido. Já recebeu convite de outras agremiações. Falta saber se os deputados que votaram "sim" serão realmente punidos.
Proposta de mudança
Enquanto isso, petistas querem propor novas eleições e reforma política com constituinte exclusiva. O deputado federal gaúcho Henrique Fontana afirmou que já está claro que os atuais deputados e senadores não têm interesse em mudar as regras do jogo e, para driblar esse cenário, deveriam ser eleitos, diretamente, um grupo de constituintes. Um referendo chancelaria a decisão dos constituintes. "Para tirar desta crise uma mudança estrutural e garantir governabilidade a qualquer presidente a partir de 2018", afirmou.
Parada desde a constituinte
"Desde a aprovação da Constituição de 1988 que se tenta fazer reforma política. Isso está parado há quase 30 anos. Sai meia sola para lá, meia sola para cá e não passa disso", lamentou o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele é autor de mais uma proposta de emenda à Constituição da reforma política, a terceira em três anos. E ele é pessimista em relação ao sucesso. "Quando sai do Senado, tranca na Câmara. E, quando surge na Câmara, nem sai de lá. Não há interesse. O fisiologismo é uma característica de todos os lados do Congresso, e a tendência é dos partidos legislarem em causa própria." No texto de Paim, há a previsão de uma constituinte apenas para a reforma política. "Esse Congresso não tem moral para fazer reforma."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO