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Repórter Brasília

- Publicada em 12 de Abril de 2016 às 22:26

O inferno do poderoso

O ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF) foi preso preventivamente pela Polícia Federal acusado de cobrar propinas para evitar convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras. Com ele, foi o também todo poderoso secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o contador Valério Neves Campos, que foi exonerado depois de ser preso temporariamente na 28ª fase da Operação Lava Jato. Neves já foi condenado por improbidade administrativa por ter contratado um jornal sem licitação para duas campanhas publicitárias quando era chefe de gabinete da Articulação Institucional em 2006. O valor dos contratos passava de R$ 1 milhão.
O ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF) foi preso preventivamente pela Polícia Federal acusado de cobrar propinas para evitar convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras. Com ele, foi o também todo poderoso secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o contador Valério Neves Campos, que foi exonerado depois de ser preso temporariamente na 28ª fase da Operação Lava Jato. Neves já foi condenado por improbidade administrativa por ter contratado um jornal sem licitação para duas campanhas publicitárias quando era chefe de gabinete da Articulação Institucional em 2006. O valor dos contratos passava de R$ 1 milhão.
Ar estranho
A derrota na Comissão do Impeachment era para ter sido um baque para o governo, mas a base mais próxima à presidente Dilma Rousseff (PT) estava estranhamente tranquila. A derrota por 38 a 27 estava sendo interpretada como um indicativo de vitória no plenário. Isso porque, na comissão, não atingiram os dois terços necessários. "Mantendo a mesma proporção, chegarão a 300 votos no plenário, e o golpe será derrotado", disse o vice-líder do PT, deputado federal gaúcho Henrique Fontana. Nos bastidores, o Planalto já pensa em entrar no Supremo Tribunal Federal caso o resultado no dia 17 seja desfavorável. Os argumentos já foram delineados pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo: pedaladas não são crime de responsabilidade; a aprovação do pedido é ilegítima por ser uma "vingança pessoal" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e, por final, os argumentos da defesa não teriam sido levados em conta pelo relator do pedido, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).
Poesia peemedebista
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) se meteu numa saia justa após um áudio em que ele fazia um discurso de vitória antes do resultado do impeachment vazou. Temer, conhecido também pela veia poética, parece ter inspirado outros peemedebistas. "Culpar o Temer pelo impeachment é como culpar o rio por ter se afogado, culpar a noite por não ter sono, culpar o cemitério por ter morrido", disse o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB).
Estratégias diversas
Os dois lados cantam vitória publicamente, mas correm feito loucos para arregimentar aliados. Ao mesmo tempo, há um racha generalizado tanto na base quanto na oposição, e a estratégia é estimular mais ainda as divisões e traições nos partidos. De acordo com a oposição, já seriam 360 deputados a defender o impeachment de Dilma. Enquanto isso, o governo evita dar números e pretende ir para o corpo a corpo.
 
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