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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Abril de 2016 às 17:57

Democracia de mentirinha

Do Rio Grande do Sul, longe de Brasília, o ex-senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) vê o desenrolar da crise política, que tem chance de se tornar a maior da história brasileira. Simon, que, nos últimos dias de seu mandato, fez duras críticas ao governo por conta do envolvimento no escândalo investigado pela Operação Lava Jato, agora vê um dos resultados da operação. Para o ex-senador, a gênese da crise é o próprio sistema político. "A nossa democracia é de mentirinha. São 40 partidos políticos. Isso não existe em um país sério. É uma piada esse troca-troca, esse é dando que se recebe. A maioria parlamentar que o governo precisa ele consegue trocando vantagens e favores por emendas parlamentares e ministérios", disse. Navegar nesse mar de lama eterno não é fácil. E há uma culpa original na presidente Dilma Rousseff (PT): a omissão. "Nós imaginávamos que ela era a supergerente, fora do comum, de comando. No governo, ela demonstrou ser outra pessoa. Mas também não vejo nela envolvimento, não acredito que tenha praticado esses delitos que aconteceram sob o comando dela. Se dependesse da Dilma, acredito que isso não teria ocorrido. Mas aconteceu por falta de comando dela."
Do Rio Grande do Sul, longe de Brasília, o ex-senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) vê o desenrolar da crise política, que tem chance de se tornar a maior da história brasileira. Simon, que, nos últimos dias de seu mandato, fez duras críticas ao governo por conta do envolvimento no escândalo investigado pela Operação Lava Jato, agora vê um dos resultados da operação. Para o ex-senador, a gênese da crise é o próprio sistema político. "A nossa democracia é de mentirinha. São 40 partidos políticos. Isso não existe em um país sério. É uma piada esse troca-troca, esse é dando que se recebe. A maioria parlamentar que o governo precisa ele consegue trocando vantagens e favores por emendas parlamentares e ministérios", disse. Navegar nesse mar de lama eterno não é fácil. E há uma culpa original na presidente Dilma Rousseff (PT): a omissão. "Nós imaginávamos que ela era a supergerente, fora do comum, de comando. No governo, ela demonstrou ser outra pessoa. Mas também não vejo nela envolvimento, não acredito que tenha praticado esses delitos que aconteceram sob o comando dela. Se dependesse da Dilma, acredito que isso não teria ocorrido. Mas aconteceu por falta de comando dela."
Nem solução divina
Sair da crise não será fácil e precisará de maturidade. Para Pedro Simon, a história deu exemplos. "Se não houver um Pacto de Moncloa (acordo que permitiu a reforma da economia espanhola em 1977), um chamamento geral, nós não temos saída. Tem que ser feito exatamente isso. Zerar o que está aí, que é uma irresponsabilidade. Nós estamos em uma torre de babel. Há umas 50 línguas diferentes. Se não for feito um chamamento da OAB, CNBB, de algumas pessoas para sentar à mesa e buscar uma pauta, resolver essa questão política partidária, a eleitoral e os problemas essenciais, como o da Petrobras, das siglas dos partidos, se não fizermos uma pauta nacional, não vamos sair dessa situação que está aí." Do contrário, se continuar como está, ninguém conseguirá governar, acrescentou Simon à Revista Viver Brasil. Se Dilma cair, Michel Temer terá uma crise esperando por ele. "Não interessa se coloca no governo A, B ou C, nem Jesus Cristo resolveria isso aí."
Culpa da Dilma
A resolução da crise que "nem Jesus Cristo resolve" passa, para outros peemedebistas, por um grande pacto. Mas discordam com Simon sobre o papel de Temer. "Não foi Temer que começou essa crise, foi Dilma. O impasse é culpa dela", disse o deputado federal gaúcho Osmar Terra (PMDB).
 
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