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Política

- Publicada em 16 de Março de 2016 às 23:12

Posse de Lula é antecipada após divulgação de grampo

 Manifestação e protesto contra nomeação do ex-presidente, Luis Inácio Lula da Silva, para ministro chefe da casa civil e governo Dilma Rouseff

Manifestação e protesto contra nomeação do ex-presidente, Luis Inácio Lula da Silva, para ministro chefe da casa civil e governo Dilma Rouseff


JONATHAN HECKLER/JC
A posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil foi antecipada para hoje após a divulgação das conversas de Lula com a presidente Dilma Rousseff (PT). Na gravação, feita ontem, Dilma diz a Lula que estava enviando para ele seu termo de posse na Casa Civil para que o ex-presidente o usasse "em caso de necessidade", o que sugeriria a intenção de blindar Lula. Essa hipótese provocou a reação da população, que saiu às ruas em várias cidades do País. Em Porto Alegre, motoristas fizeram um buzinaço nas imediações do Parque Moinhos de Vento, local para o qual também o Movimento Brasil Livre (MBL) havia convocado uma manifestação, às 20h. Segundo a Brigada Militar, cerca de 25 mil pessoas participaram do ato, que terminou com caminhada até o Palácio Piratini.
A posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil foi antecipada para hoje após a divulgação das conversas de Lula com a presidente Dilma Rousseff (PT). Na gravação, feita ontem, Dilma diz a Lula que estava enviando para ele seu termo de posse na Casa Civil para que o ex-presidente o usasse "em caso de necessidade", o que sugeriria a intenção de blindar Lula. Essa hipótese provocou a reação da população, que saiu às ruas em várias cidades do País. Em Porto Alegre, motoristas fizeram um buzinaço nas imediações do Parque Moinhos de Vento, local para o qual também o Movimento Brasil Livre (MBL) havia convocado uma manifestação, às 20h. Segundo a Brigada Militar, cerca de 25 mil pessoas participaram do ato, que terminou com caminhada até o Palácio Piratini.
Na capital federal, o ato ocorreu em frente ao Palácio do Planalto e Congresso Nacional, onde houve confronto entre manifestantes e policiais, com feridos dos dois lados. Além de bonecos infláveis com a imagem do ex-presidente, os manifestantes portavam bandeiras do Brasil e faixas de protesto. Eles também gritaram palavras de ordem, como "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".
Em São Paulo, cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se concentraram em frente ao Masp, na avenida Paulista, para protestar. Muitos dos manifestantes saíram direto do escritório e aderiram ao protesto. O grupo gritava o nome do juiz Sérgio Moro e coros como "Ei, PT, golpista é você". A fachada do prédio da Fiesp, iluminada de verde e amarelo, ganhou uma faixa preta com a inscrição "Renúncia Já".
No Rio de Janeiro, mesmo com a chuva, a mobilização foi expressiva. Houve um grande panelaço nas janelas e sacadas das residências. Também registraram protestos Curitiba, Belo Horizonte e Recife. A reação das ruas, mudou os planos do Planalto, que se viu obrigado a antecipar a posse de Lula. A cerimônia estava inicialmente agendada para a próxima terça-feira. Hoje, tomaria posse apenas o ministro da Justiça, Eugênio Aragão. Agora, além dele e de Lula, serão empossados o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) na Aviação Civil e Jaques Wagner (PT) na chefia de gabinete da presidência.
Um memorando interno do Palácio do Planalto, de número 238, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, confirma a previsão apenas da cerimônia de Aragão. Isso demonstra que a justificativa de Dilma para a entrega do termo de posse assinado a Lula não tem relação com o evento desta quinta.
O texto com a argumentação de Dilma diz que "uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse". O áudio também causou tumulto na Câmara, onde o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) colocou no sistema de som do plenário o trecho do telefonema. A oposição reagiu com gritos de "renúncia".
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