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Política

- Publicada em 09 de Março de 2016 às 19:29

Governo federal consegue adiar votação sobre dívida dos estados

Próximo de fechar com governadores uma proposta para reduzir parcelas e alongar as dívidas dos estados com a União, o governo federal conseguiu adiar a votação do projeto que suspende a regra de cálculo das dívidas dos estados e municípios. O acordo feito entre deputados da base e da oposição estabeleceu que o texto, que já estava pronto para votação no plenário, será votado na próxima semana.
Próximo de fechar com governadores uma proposta para reduzir parcelas e alongar as dívidas dos estados com a União, o governo federal conseguiu adiar a votação do projeto que suspende a regra de cálculo das dívidas dos estados e municípios. O acordo feito entre deputados da base e da oposição estabeleceu que o texto, que já estava pronto para votação no plenário, será votado na próxima semana.
Entre os termos do acordo também ficou adiada para a semana que vem a sessão da Comissão Mista do Orçamento destinada a analisar as contas do governo Dilma Rousseff (PT) em 2014, que tiveram recomendação de rejeição pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas receberam parecer do relator Acir Gurgacz (PDT-RO) pela aprovação.
A decisão agrada ao governo, que ganha mais tempo para negociar o projeto da dívida dos governos regionais, mas também atende à oposição. De acordo com o deputado Bruno Araújo (PSDB-PB), os oposicionistas apostam em uma deterioração do clima político até a próxima semana. "Se tudo for como se espera nas redes sociais, com as manifestações contra o governo no domingo, a vida do governo vai ficar muito mais difícil na semana que vem", afirmou. Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto abriu uma ofensiva para convencer o Congresso a derrubar o projeto que trata da dívida dos Estados. Como parte da artilharia, o Ministério da Fazenda informou que a negociação sobre o alongamento das dívidas seria inviabilizada caso o projeto fosse aprovado. Pelos cálculos do governo, a proposta reduz em R$ 300 bilhões o valor total que a União tem a receber dos Estados e municípios, hoje em R$ 463 bilhões.
O projeto que será votado na próxima semana, de autoria do deputado Esperidião Amin (PP-SC), susta o artigo do decreto presidencial que trata da metodologia de cálculo dos saldos devedores dos contratos. Por se tratar de um decreto legislativo, a norma não pode ser vetada pela presidente Dilma Rousseff.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), espera que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, entre em acordo com governadores em reunião na próxima segunda-feira, para que uma proposta final seja apresentada ao Congresso, facilitando as negociações.
"Assumo o compromisso público de votarmos na terça-feira, para esperarmos pelo menos a conclusão das negociações com os governadores", disse. Na terça-feira, o Ministério da Fazenda propôs aos governadores uma redução temporária das parcelas das dívidas dos estados em 2016 e 2017, que seria diluída no restante dos pagamentos. A proposta, que prevê contrapartidas dos entes federativos, foi feita em conjunto com o alongamento da dívida por mais 20 anos.
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