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Opinião

- Publicada em 14 de Março de 2016 às 15:49

Independência tecnológica do Brasil

Imagine que um pesquisador brasileiro da área de Física descobriu algo relevante. Certamente, ele escreverá um artigo científico e o enviará para revistas internacionais. Se o texto for publicado, para o Brasil, infelizmente, a história termina aí. Como diz Marcelo Nova em uma música: "Ei querida, isso é só o fim, só o fim!". Enquanto isso, no Japão, na Coreia do Sul e na Alemanha, as empresas e os institutos de tecnologia vão acessar o artigo e tentar fazer com que o conhecimento teórico descrito se transforme em tecnologia. O foco deles será aplicar esta nova tecnologia em produtos. Um dos problemas do Brasil é que não focamos nessa parte intermediária do processo. É sabido que temos ótimas universidades e que estamos melhorando na produção de conhecimento, mas não é esse o ponto crítico para o desenvolvimento tecnológico do País. A questão central é termos mais instituições focadas na transformação do conhecimento teórico em tecnologias aplicáveis. Precisamos reduzir a antipatia mútua entre acadêmicos e empresários. Como cidadãos, precisamos observar os produtos que consumimos, já que a imensa maioria deles possui tecnologias desenvolvidas fora do Brasil. Voltando ao Japão. Será que o governo pensa em desenvolver o mercado para que os alemães possam usufruir dele ou focar sua energia no desenvolvimento da competitividade das suas empresas? E os sul-coreanos? Pensam em apenas utilizar as novidades japonesas ou em desenvolver tecnologias para que suas empresas possam lançar algo melhor do que os japoneses? O ponto aqui não tem a ver com convicções ideológicas, nem com posições partidárias. Precisamos de acadêmicos próximos das empresas, para que seus artigos sejam transformados em tecnologias aplicáveis. Considerando o atraso que temos em alguns setores, o que parece nos restar é a busca de alianças temporárias, com os países que estão mais desenvolvidos. Precisamos ter no horizonte a nossa "Independência tecnológica". Ou continuaremos apenas produzindo conhecimento teórico e consumindo tecnologia estrangeira.
Imagine que um pesquisador brasileiro da área de Física descobriu algo relevante. Certamente, ele escreverá um artigo científico e o enviará para revistas internacionais. Se o texto for publicado, para o Brasil, infelizmente, a história termina aí. Como diz Marcelo Nova em uma música: "Ei querida, isso é só o fim, só o fim!". Enquanto isso, no Japão, na Coreia do Sul e na Alemanha, as empresas e os institutos de tecnologia vão acessar o artigo e tentar fazer com que o conhecimento teórico descrito se transforme em tecnologia. O foco deles será aplicar esta nova tecnologia em produtos. Um dos problemas do Brasil é que não focamos nessa parte intermediária do processo. É sabido que temos ótimas universidades e que estamos melhorando na produção de conhecimento, mas não é esse o ponto crítico para o desenvolvimento tecnológico do País. A questão central é termos mais instituições focadas na transformação do conhecimento teórico em tecnologias aplicáveis. Precisamos reduzir a antipatia mútua entre acadêmicos e empresários. Como cidadãos, precisamos observar os produtos que consumimos, já que a imensa maioria deles possui tecnologias desenvolvidas fora do Brasil. Voltando ao Japão. Será que o governo pensa em desenvolver o mercado para que os alemães possam usufruir dele ou focar sua energia no desenvolvimento da competitividade das suas empresas? E os sul-coreanos? Pensam em apenas utilizar as novidades japonesas ou em desenvolver tecnologias para que suas empresas possam lançar algo melhor do que os japoneses? O ponto aqui não tem a ver com convicções ideológicas, nem com posições partidárias. Precisamos de acadêmicos próximos das empresas, para que seus artigos sejam transformados em tecnologias aplicáveis. Considerando o atraso que temos em alguns setores, o que parece nos restar é a busca de alianças temporárias, com os países que estão mais desenvolvidos. Precisamos ter no horizonte a nossa "Independência tecnológica". Ou continuaremos apenas produzindo conhecimento teórico e consumindo tecnologia estrangeira.
Professor universitário
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