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Relações diplomáticas

- Publicada em 21 de Março de 2016 às 15:10

Castro considera aproximação com os EUA positiva, mas insuficiente

 Cuban President Raul Castro (R) speaks during a joint press conference with US President Barack Obama after a meeting at the Revolution Palace in Havana on March 21, 2016. Cuba's Communist President Raul Castro on Monday stood next to Barack Obama and hailed his opposition to a long-standing economic "blockade," but said it would need to end before ties are fully normalized.   AFP PHOTO/Nicholas KAMM

Cuban President Raul Castro (R) speaks during a joint press conference with US President Barack Obama after a meeting at the Revolution Palace in Havana on March 21, 2016. Cuba's Communist President Raul Castro on Monday stood next to Barack Obama and hailed his opposition to a long-standing economic "blockade," but said it would need to end before ties are fully normalized. AFP PHOTO/Nicholas KAMM


NICHOLAS KAMM/AFP/JC
Com um aperto de mão, o líder de Cuba, Raúl Castro, recebeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na manhã de ontem, para um encontro no Palácio da Revolução, em Havana. O encontro ocorreu após o mandatário norte-americano ter visitado o memorial de José Martí, localizado na Praça da Revolução, e prestado homenagem ao herói da independência cubana. A reunião entre os líderes de EUA e Cuba ocorreu após um hiato de 88 anos.
Com um aperto de mão, o líder de Cuba, Raúl Castro, recebeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na manhã de ontem, para um encontro no Palácio da Revolução, em Havana. O encontro ocorreu após o mandatário norte-americano ter visitado o memorial de José Martí, localizado na Praça da Revolução, e prestado homenagem ao herói da independência cubana. A reunião entre os líderes de EUA e Cuba ocorreu após um hiato de 88 anos.
Durante coletiva de imprensa após o encontro, Raúl Castro afirmou que a reaproximação dos EUA com Cuba, desencadeada nos últimos meses, é positiva, mas insuficiente. "Muito mais poderia ser feito se o bloqueio norte-americano fosse levantado. Reconhecemos a decisão do presidente Obama e sua administração contra o bloqueio, e seus apelos repetidos para o Congresso removê-lo", disse. "Outras políticas deverão ser abolidas para a normalização da relação."
Segundo Castro, o fim do embargo é "essencial para restabelecer as relações bilaterais". O cubano afirmou que é preciso focar no que há de semelhanças entre os dois países, e não apenas nas diferenças que existem, segundo ele, nos conceitos de "sistema político, democracia, exercício dos direitos humanos, justiça social, relações internacionais e estabilidade da paz mundial". "Reafirmo que devemos exercitar a arte da coexistência civilizada, que é aceitar e respeitar diferenças e evitar que sejam o centro da nossa relação", afirmou.
Obama, por sua vez, declarou um "novo dia" para as relações com Cuba, mas reconheceu que existem "sérias diferenças" entre as nações. "O embargo vai acabar. Quando, não estou inteiramente certo, mas vai. E o caminho no qual estamos continuará além da minha administração", afirmou.
Hoje, o presidente norte-americano deverá fazer um discurso televisionado a partir do Gran Teatro Alicia Alonso, antes de assistir a um jogo de beisebol entre a equipe norte-americana Tampa Bay Rays e a seleção cubana. Depois, embarca para a Argentina, onde se encontrará com o presidente Mauricio Macri.
 

Google expandirá acesso à banda larga e rede de Wi-Fi na ilha

O Google está prestes a expandir o acesso à internet em Cuba, informou o presidente dos EUA, Barack Obama, durante sua histórica visita ao país. Segundo destacou, a expansão do acesso à internet para os cubanos é a chave para mudar o país.
"Uma das coisas que vamos anunciar aqui é que o Google tem um acordo para iniciar a configuração de Wi-Fi e acesso à banda larga na ilha", disse Obama. Separadamente, a Western Union empresa multinacional que oferece serviços financeiros e de comunicação informou ontem que iria expandir sua presença em Cuba após movimentos do governo Obama para afrouxar ainda mais regulamentos sobre transações financeiras.
Uma pequena parcela de cubanos têm acesso à internet, e o serviço no país é instável. Um dos objetivos da viagem de Obama à ilha é a construção de laços econômicos.