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Internacional

- Publicada em 08 de Março de 2016 às 15:38

ONU mostra apreensão com acordo entre UE e Turquia

 Descrição:         German Chancellor Angela Merkel speaks during an election campaign event of her Christian Democratic Union (CDU) for state elections in the southwestern German federal state of Baden-Wuerttemberg, attend an election campaign event in Nuertingen, southwestern Germany, on March 8, 2016.  Chancellor Angela Merkel's party risks a drubbing at key state elections on March 13, 2016 as voters punish the German leader for her liberal refugee policy, while the right-wing populist AfD eyes major gains as it scoops up the protest vote. / AFP / THOMAS

Descrição: German Chancellor Angela Merkel speaks during an election campaign event of her Christian Democratic Union (CDU) for state elections in the southwestern German federal state of Baden-Wuerttemberg, attend an election campaign event in Nuertingen, southwestern Germany, on March 8, 2016. Chancellor Angela Merkel's party risks a drubbing at key state elections on March 13, 2016 as voters punish the German leader for her liberal refugee policy, while the right-wing populist AfD eyes major gains as it scoops up the protest vote. / AFP / THOMAS


THOMAS KIENZLE/AFP/JC
O chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, declarou ontem que o órgão está "profundamente preocupado" com o acordo sobre imigrantes esboçado na segunda-feira entre a Turquia e a União Europeia (UE). O documento prevê reenviar à Turquia todos os imigrantes apanhados no Mar Egeu - que separa a Turquia da Europa - ou que já chegaram à Grécia, mas ainda não fizeram pedido de asilo no país.
O chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, declarou ontem que o órgão está "profundamente preocupado" com o acordo sobre imigrantes esboçado na segunda-feira entre a Turquia e a União Europeia (UE). O documento prevê reenviar à Turquia todos os imigrantes apanhados no Mar Egeu - que separa a Turquia da Europa - ou que já chegaram à Grécia, mas ainda não fizeram pedido de asilo no país.
Em troca, a UE aceitaria milhares de refugiados sírios, levando-os à Europa por caminhos seguros, sem que precisem fazer travessias perigosas de barco e sem ficar à mercê de traficantes. Para cada imigrante que for apanhado no Mar Egeu, o bloco europeu se comprometerá a receber um pedido de asilo de um refugiado de acampamentos turcos.
Na prática, seria uma troca de um "ilegal" por um "legal" que já esteja na Turquia. "Estou profundamente preocupado com qualquer acordo que envolva o envio indiscriminado de pessoas de um país para outro, sem levar em conta as garantias de proteção aos refugiados previstas no direito internacional", afirmou Grandi ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França.
Ontem, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que "as coisas estavam se movendo na direção certa" após a UE aprovar o rascunho do acordo com a Turquia para conter o fluxo de imigrantes para a Europa - uma questão fundamental para os alemães, que votarão em eleições estaduais no próximo domingo.
O acordo é um sinal importante de progresso para Merkel, que luta contra a resistência interna para obter um plano europeu para combater uma crise que levou mais de 1 milhão de imigrantes para a Alemanha no ano passado. "No geral, as coisas estão indo na direção certa", disse a chanceler em entrevista à rádio SWR, tentando amenizar as preocupações de que a Turquia estaria chantageando a Europa. "Não. Nós estamos buscando um equilíbrio de interesses", ressaltou Merkel.
Os líderes da União Europeia gostaram da oferta da Turquia de receber de volta os imigrantes que atravessam a Europa e concordaram, em princípio, com outras demandas turcas. Uma definição sobre o acordo só ocorrerá em 17 e 18 de março.
 
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