A Coreia do Norte ameaçou executar "ataques preventivos" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul em reação à mais recente manobra militar anual conjunta dos dois países, iniciada ontem. "O Exército Popular (da Coreia do Norte) executará atos militares preventivos de neutralização, que podem incluir golpes mortíferos e impiedosos contra o inimigo", disse a Comissão Nacional de Defesa do país em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias KCNA.
Esse tipo de ameaça tem sido feita desde que o ditador Kim Jong-un tomou o poder, após a morte de seu pai, em dezembro de 2011, e elas se intensificam quando Seul e Washington iniciam seus exercícios militares anuais - que terminam em abril, e que Pyongyang alega serem "ensaios de invasão". "Se apertarmos os botões para aniquilar os inimigos, agora mesmo, todas as bases de provocações serão reduzidas para os mares em chamas e cinzas", apontou o comunicado.
A Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte declarou que "o Exército e a população da DPRK (República Popular Democrática da Coreia, em português) realizarão uma ofensiva completa como resposta definitiva à movimentação nuclear histérica dos EUA e seus seguidores", declarou a Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte à agência de notícias norte-coreana KCNA. A comissão completou que o Exército do país e a população irão "concretizar o maior desejo da nação coreana, a reunificação, por meio de uma guerra sagrada de justiça", em resposta a qualquer ataque que possa ser realizado pela aliança Washington-Seul.
Respondendo à ameaça da Coreia do Norte, o porta-voz do Ministério de Defesa sul-coreano, Moon Sang Gyun, disse que Pyongyang deve abster-se de um "ato de erupção que traz destruição sobre si mesmo". Além disso, ele advertiu que, se o vizinho do Norte lançar provocações em resposta ao início dos exercícios militares, Seul responderá "sem piedade". O exercício militar conjunto deste ano será o maior já organizado, envolvendo 300 mil soldados sul-coreanos e 17 mil norte-americanos.