Milena Dalacorte est� � frente da Endeavor no Rio Grande do Sul, cujo escrit�rio fica no N�s Coworking Milena Dalacorte est� � frente da Endeavor no Rio Grande do Sul, cujo escrit�rio fica no N�s Coworking Foto: JONATHAN HECKLER/JC

"Falhar � a melhor forma de aprender", diz coordenadora da Endeavor no RS

Em entrevista, Milena Dalacorte explica o poder que a falha tem

O fracasso, além de ser essencial na evolução em qualquer experiência, ainda é um tabu muito grande no empreendedorismo brasileiro.
Conversamos com Milena Dalacorte, do segmento de Apoio a Empreendedores do Rio Grande do Sul da Endeavor para clarificar algumas questões sobre o tema.
E você, já errou hoje? Se sim, fique tranquilo. Como diz Milena, é parte do aprendizado.
GeraçãoE - Qual a importância do fracasso?
Milena Dalacorte - Falhar é a melhor forma de aprender. Isso mostra que o empreendedor experimentou e resolveu testar um caminho diferente. Que ousou sair do modo de segurança que limitava suas ideias para se jogar no mundo da inovação. Os empreendedores sempre terão mais dúvidas do que respostas, especialmente aqueles à frente de empresas iniciantes. Por isso, devem se permitir errar e estimular esse tipo de comportamento nos seus colaboradores. Fracasse até acertar. Quando encontrar a solução certa, ela será a soma de todos os erros e acertos que vieram antes.
GE - As pessoas superestimam a ideia de sucesso?
Milena - Todo empreendedor começa a sua empresa com uma visão clara de sucesso. Você vai criar um negócio incrível, contratar as pessoas mais inteligentes e oferecer um produto ou serviço desejado por todos. Contudo, a realidade é diferente e as coisas nem sempre saem conforme o planejado. Você vai receber inúmeros nãos, a sua solução não vai agradar o mercado, a grana vai ficar curta, você vai perder um bom funcionário e um grande cliente. Respire fundo, essa é a trajetória típica de qualquer empreendimento de sucesso. Não há fórmula secreta. As grandes empresas nascem pequenas e falham inúmeras vezes até acertar o seu modelo. Mais importante do que sonhar grande é ser resiliente.
GE - O que pode ser considerado sucesso, então?
Milena - Na Endeavor, acreditamos que empreendedores de sucesso são aqueles que atuam como agentes de mudança no ecossistema, que oferecem soluções para resolver grandes problemas e que têm o poder ou, pelo menos, a ambição de transformar o setor em que atuam. São empreendedores que ousam, sonham grande e buscam construir negócios de alto crescimento. Acreditamos muito na força do exemplo e no seu efeito multiplicador. No fim do dia, empreendedores de sucesso usam a sua história e experiência para inspirar outros e para impactar a sociedade, seja como mentor, investidor ou agente público.
GE - Como se valer do fracasso para evoluir?
Milena - Quando você olha o fracasso e se pergunta o que fez de bom, o que faria diferente e busca aprender com aquilo, você racionaliza o insucesso e começa a buscar formas diferentes de atingir o seu objetivo. A habilidade de reagir aos percalços do caminho e de perseverar são ingredientes fundamentais.
GE - Como usar os erros dos outros a nosso favor?
Milena - Consideramos as mentorias um fator importante para desenvolver o negócio. Aprender com os seus erros é muito importante, mas aprender com os erros dos outros é certamente muito mais barato e você ainda pode dividir as suas dores e desafios com pessoas que já passaram por situações similares e que podem te aconselhar sobre como crescer mais rápido, errando menos.
GE - E como lidar com a frustração nos negócios?
Milena - Empreender já é difícil. No Brasil, então, é quase uma tarefa de super-herói. A dica é não se frustrar, não deixar que o ato de fracassar tire a sua confiança.
GE - Por que no Brasil o fracasso é tão negativo e em outros países, como nos Estados Unidos, tem outra concepção?
Milena - Aqui, o fracasso é uma palavra pesada, pois representa incompetência, amadorismo. É associada muito mais ao indivíduo do que à situação. Por não se permitir fracassar, as pessoas tendem a evitar o novo, o diferente, o desconhecido. Evitam o estratégico e preferem o tático, no que já tem resposta. Nos Estados Unidos, por exemplo, a realidade é totalmente diferente, vive-se uma Cultura do Fracasso. As pessoas compartilham os seus fracassos e contam como se fossem vitórias, pois tiveram a ousadia de arriscar e tentar. Lá, entende-se que sem fracassos, não há inovação. Vergonha é não tentar.
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Coment�rios ( 1 )
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