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Esportes

- Publicada em 11 de Março de 2016 às 17:49

Controle de doping corre risco de ser 'medíocre' nos Jogos Olímpicos, diz COI

Em pleno escândalo de doping envolvendo atletas russos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) alerta que o controle sobre substâncias proibidas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro poderá ser "medíocre" diante dos atrasos na preparação do Brasil para sediar o evento. O País tem até a próxima sexta-feira para alterar sua legislação antidoping, criando um tribunal único, sob o risco de ter seu laboratório descredenciado.
Em pleno escândalo de doping envolvendo atletas russos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) alerta que o controle sobre substâncias proibidas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro poderá ser "medíocre" diante dos atrasos na preparação do Brasil para sediar o evento. O País tem até a próxima sexta-feira para alterar sua legislação antidoping, criando um tribunal único, sob o risco de ter seu laboratório descredenciado.
Informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo apontam para preocupações do COI sobre o assunto. O informe é de 29 de fevereiro e assinado pelo diretor-geral da entidade, o belga Christophe De Kepper. Para o COI, o laboratório de testes no Rio está "inteiramente operacional com as análises aperfeiçoadas e está no bom caminho para oferecer serviços completos durante os Jogos". A Agência Mundial Antidoping (Wada) havia retirado a credencial do laboratório carioca há dois anos, exigindo uma reforma completa das práticas.
O problema agora, porém, seria político e por falta de uma legislação específica no Brasil para atender aos padrões do COI. "O laboratório corre o risco de perder sua credencial se as regras antidoping forem declaradas como não conforme ao Código Mundial Antidoping até o dia 18 de março", alertou o Departamento Médico e Científico do COI. "Essa decisão é inevitável, salvo se uma lei brasileira for modificada para permitir colocar em práticas as regras em conformidade com o código", indicou.
Em sua avaliação, o Comitê traça um cenário pessimista caso essa seja a realidade no dia 18 de março. "Se o laboratório perder sua credencial, todas as amostras devem ser transportadas a laboratórios situados em outros países para que a análise seja feita", indicou. "Isso provocaria não apenas grandes gastos, mas também atrasos. E, por consequência, o serviço oferecido aos atletas íntegros será medíocre", alertou.
Na semana passada, em Lausanne, o Comitê Rio/2016 garantiu aos membros do COI que a questão seria "resolvida". Três dias antes de o prazo acabar, a presidente Dilma Rousseff pretende assinar um decreto aprovando as novas leis, que estabelecem, entre outras coisas, um tribunal exclusivo para casos de doping.
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