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Economia

- Publicada em 23 de Março de 2016 às 19:54

Dólar tem alta de 2,35%, e bolsa cai 2,59%

 MEN REMAIN AT THE STOCKS EXCHANGE HEADQUARTERS IN DOWNTOWN SAO PAULO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD & POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING.                  AFP PHOTO/MIGUEL SCHINCARIOL

MEN REMAIN AT THE STOCKS EXCHANGE HEADQUARTERS IN DOWNTOWN SAO PAULO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD & POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING. AFP PHOTO/MIGUEL SCHINCARIOL


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
O cenário político voltou a dar o tom dos negócios no mercado financeiro, levando os investidores a adotar uma postura de maior cautela nos negócios. Com isso, o dólar à vista terminou esta quarta-feira em alta de 2,35% frente ao real, cotado a R$ 3,6794.
O cenário político voltou a dar o tom dos negócios no mercado financeiro, levando os investidores a adotar uma postura de maior cautela nos negócios. Com isso, o dólar à vista terminou esta quarta-feira em alta de 2,35% frente ao real, cotado a R$ 3,6794.
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de tirar do juiz Sérgio Moro e devolver à Corte os processos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos principais assuntos do dia. A vitória parcial de Lula na batalha jurídica em torno das investigações que o envolvem enfraqueceu as apostas no impeachment de Dilma Rousseff. Assim, o mercado partiu para correções em suas posições compradas em ativos brasileiros.
Também tiveram influência negativa as notícias relacionadas à Odebrecht. Horas depois do anúncio de adesão dos executivos da construtora à delação premiada, foram reveladas listas com nomes de mais de 200 políticos, de 18 partidos, que teriam recebido doações do grupo. O mercado recebeu com cautela os dados da lista, devido à incerteza quanto à legalidade das contribuições. De todo modo, a ausência do nome de Michel Temer na lista gerou certo alívio, por não indicar inviabilização da substituição da presidente pelo vice.
Outro fator de pressão sobre o dólar foram os leilões de contratos de swap realizados pelo Banco Central. O BC havia programado a oferta de até 20 mil contratos de swap cambial reverso (US$ 1 bilhão), em operação equivalente à compra de dólares no mercado futuro, e apenas 2.500 contratos de swap tradicional (US$ 121,3 milhões) para rolagem dos vencimentos de abril. Na prática, ele elevou os esforços para sustentar as cotações da moeda.
O cenário internacional não foi amigável ao risco, o que acabou por reforçar essa tendência. Os preços do petróleo tiveram fortes perdas e influenciaram negativamente as bolsas norte-americanas. Com a maior aversão ao risco no mercado internacional, os juros dos Treasuries caíram, refletindo a maior procura por ativos seguros. Da mesma maneira, o dólar se fortaleceu frente às moedas de países emergentes e exportadores de petróleo.
A Bovespa teve uma sessão de correções e caiu 2,59%, aos 49.690 pontos. Foram negociados pouco mais de R$ 6 bilhões, cerca de 40% da média diária de março.
Entre as ações negociadas, as quedas mais significativas ficaram com as blue chips e as do setor financeiro. Petrobras ON e PN caíram 5,34% e 4,07%, enquanto Vale ON e PNA recuaram 8,49% e 7,08%, respectivamente. Entre as ações que compõem o Ibovespa, Braskem PNA liderou as quedas, com perda de 11,73%, devido à repercussão do noticiário envolvendo a Odebrecht, sua controladora.
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