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conjuntura

- Publicada em 23 de Março de 2016 às 19:35

Setor externo tem déficit de US$ 1,9 bilhões em fevereiro, o menor desde agosto de 2009

Barbosa admitiu que haverá uma piora do endividamento da União

Barbosa admitiu que haverá uma piora do endividamento da União


WILSON DIAS/ABR/JC
Após um déficit de US$ 4,817 bilhões em janeiro, o rombo das transações correntes somou US$ 1,919 bilhão em fevereiro, conforme o Banco Central (BC). O déficit do mês passado é o menor desde agosto de 2009, quando estava em US$ 828,5 milhões.
Após um déficit de US$ 4,817 bilhões em janeiro, o rombo das transações correntes somou US$ 1,919 bilhão em fevereiro, conforme o Banco Central (BC). O déficit do mês passado é o menor desde agosto de 2009, quando estava em US$ 828,5 milhões.
A projeção do BC para a conta corrente do mês passado era de um saldo negativo de US$ 1,5 bilhão. O resultado ficou pior que a mediana positiva de US$ 180 milhões apontada pelo levantamento realizado pelo AE Projeções, que ia de um déficit de US$ 1,9 bilhão a um superávit de US$ 1,1 bilhão.
A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 2,869 bilhões em fevereiro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,926 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária em US$ 3,137 bilhão. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em US$ 1,415 bilhões.
No bimestre, o rombo nas contas externas soma US$ 6,736 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 46,278 bilhões, o que representa 2,67% do Produto Interno Bruto (PIB).
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 2,463 bilhões em fevereiro, segundo o Banco Central. A saída líquida representa um volume bem maior do que os US$ 377 milhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado do ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 2,776 bilhões. O resultado enviado é superior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 1,470 bilhão.
O BC informou também que as despesas com juros externos também somaram US$ 693 milhões em fevereiro ante US$ 1,134 bilhão em igual mês do ano passado. No bimestre, essas despesas alcançaram US$ 4,719 bilhões, valor maior do que os US$ 5,919 bilhões de igual período do ano passado.

Gastos de brasileiros no exterior reduzem 43%

Tributação sobre pacotes de viagens teve reflexo no resultado

Tributação sobre pacotes de viagens teve reflexo no resultado


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Ainda como reflexo da alta do dólar vista desde meados do ano passado, a conta de viagens internacionais registrou déficit em fevereiro. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 242 milhões. O ritmo vem diminuindo a cada levantamento feito pelo Banco Central, já que em igual mês de 2015, o déficit nessa conta era de US$ 969 milhões.
O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 841 milhões em fevereiro, uma retração de 43% em relação ao mesmo mês de 2015. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 599 milhões no mês passado. No acumulado do ano, o saldo líquido dessa conta ficou negativo em US$ 432 bilhões. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 2,640 bilhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, lembrou que, no primeiro bimestre deste ano, houve um fator adicional que impactou esse resultado, que foi a tributação sobre pacotes de viagens.