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Lava Jato

- Publicada em 21 de Março de 2016 às 19:06

Impeachment pode levar à suspensão do Mercosul

 chanceler argentina, Susana Malcorra. Divulgação Cancilleria Argentina

chanceler argentina, Susana Malcorra. Divulgação Cancilleria Argentina


CANCILLERIA ARGENTINA /DIVULGAÇÃO/JC
A chanceler argentina, Susana Malcorra, afirmou que o Mercosul pretende divulgar, "o mais rápido possível", uma nota de apoio institucional ao governo brasileiro. Questionada se o bloco cogita suspender o País em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a ministra de Mauricio Macri respondeu que "poderia existir" uma desvinculação temporária, mas salientou que essa hipótese "ainda" não foi discutida com outros chanceleres. Uma reunião de emergência entre chanceleres está sendo organizada para tratar da crise brasileira.
A chanceler argentina, Susana Malcorra, afirmou que o Mercosul pretende divulgar, "o mais rápido possível", uma nota de apoio institucional ao governo brasileiro. Questionada se o bloco cogita suspender o País em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a ministra de Mauricio Macri respondeu que "poderia existir" uma desvinculação temporária, mas salientou que essa hipótese "ainda" não foi discutida com outros chanceleres. Uma reunião de emergência entre chanceleres está sendo organizada para tratar da crise brasileira.
"Há uma cláusula democrática no Mercosul e é preciso ver se algum dos requisitos existe e pode ser aplicado. Não estou segura de - e não discutimos ainda - quais seriam as condições. Não está, agora, em nossa agenda que se aplique uma desvinculação temporária do Brasil do Mercosul, mas poderia eventualmente existir", disse Susana.
Em 2012, o Congresso paraguaio destituiu em menos de 48 horas Fernando Lugo, razão pela qual o país foi punido com a suspensão, que só pode ser aplicada com voto unânime dos sócios. No ano passado, Macri ameaçou pedir o uso contra a Venezuela da mesma cláusula democrática, que pune nações que saem da normalidade institucional. O argentino exigia a libertação de presos políticos por Caracas. A Argentina recuou depois que uma vitória da oposição venezuelana na eleição parlamentar, em 6 de dezembro, foi reconhecida pelo presidente Nicolás Maduro.
"É preciso ser muito cuidadoso, porque a situação institucional está em um ponto de grande fragilidade. O presidente (Macri) disse publicamente que apoia a presidente, que foi eleita democraticamente, e não pode haver nenhuma forma de mudança que não seja a institucional e democrática", sustentou Susana.
Diante do argumento de que a oposição e parte da sociedade brasileira consideram institucional uma mudança de governo por meio do Parlamento, Susana reconheceu a complexidade da situação. "É complexo, porque há muitas contradições e opiniões nisso tudo. Nossa mensagem é 'não se pode fazer nada contra o que as instituições democráticas e a Constituição estabelecem'", acrescentou.
Os líderes de vizinhos do Brasil não unificaram posição sobre o tema. O uruguaio Tabaré Vázquez, que preside a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o boliviano Evo Morales e o equatoriano Rafael Correa foram os mais enfáticos defensores da permanência de Dilma no cargo, em declarações dadas no fim da semana passada. O uruguaio quer que a Unasul emita um comunicado favorável à presidente.
Evo pressiona por uma manifestação mais forte: a convocação de uma reunião de emergência no Brasil para "evitar qualquer golpe do Congresso ou judicial". As reações do Paraguai e da Argentina tinham sido as mais discretas.

Fiergs convoca reunião extraordinária sobre crise política

Diante da atual crise política no País, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Representantes, formado pelos sindicatos industriais filiados à entidade. O encontro será hoje, às 18h, na sede da Fiergs.
Segundo nota divulgada pela federação, a "economia não pode esperar". Para o presidente da entidade, "o Brasil chegou a um impasse político que precisa ser resolvido com urgência, respeitando as possibilidades legais, entre elas o processo de impeachment previsto na Constituição. Do equacionamento da crise política depende a retomada da economia, hoje em forte declínio".
Para a Fiergs, é necessário serenidade neste momento e pensar primeiramente nos interesses do Brasil. "É preciso harmonia e entendimento dos poderes constituídos, acima de partidos e de ideologias, e dentro da ordem jurídica, em nome dos objetivos maiores da Nação. O Brasil não pode esperar. A indústria não pode parar", declarou o presidente da entidade.
Já a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) publicou nota em que se solidariza com o posicionamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), manifestando sua preocupação com o atual cenário político, social e econômico do Brasil e confiança na solidez das instituições nacionais e no respeito à Constituição do País.
De acordo com a nota, "os produtores rurais gaúchos repudiam a corrupção em quaisquer níveis, exigem a continuidade das investigações comandadas pela Justiça Federal e esperam das autoridades nacionais que defendam o livre processo legal e respeitem os interesses do País, acima de quaisquer outros".