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Mercado de Capitais

- Publicada em 16 de Março de 2016 às 19:51

Dólar tem queda de 0,49% como reflexo do cenário político no Brasil

 DINHEIRO, CÉDULA, MOEDA, DÓLAR, CÂMBIO, NOTAS, 100 DÓLARES

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JOÃO MATTOS/JC/JC
Os negócios no mercado de câmbio foram marcados ontem por forte volatilidade, em função do cenário político. A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Civil e suas possíveis consequências conduziram as cotações, ora para um lado, ora para outro. A moeda norte-americana chegou a ser cotada na faixa dos R$ 3,85 no pior momento do dia, mas perdeu força à tarde e migrou para o negativo após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, aos R$ 3,7426.
Os negócios no mercado de câmbio foram marcados ontem por forte volatilidade, em função do cenário político. A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Civil e suas possíveis consequências conduziram as cotações, ora para um lado, ora para outro. A moeda norte-americana chegou a ser cotada na faixa dos R$ 3,85 no pior momento do dia, mas perdeu força à tarde e migrou para o negativo após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, aos R$ 3,7426.
O início do dia foi marcado por fortes ganhos da moeda americana, com investidores em busca de proteção antes mesmo que Lula fosse confirmado na Casa Civil. O movimento era uma continuidade ao que foi visto na segunda e na terça-feira, quando cresceu a percepção de que o ex-presidente, de fato, voltaria a Brasília. Por trás disso estava a avaliação de que, com Lula, a presidente Dilma Rousseff ganha fôlego para resistir até 2018.
Além disso, profissionais citavam os rumores de que, com Lula, Henrique Meirelles poderia voltar ao comando do Banco Central, no lugar de Alexandre Tombini. Para alguns, a troca no comando da instituição seria negativa. Logo após a confirmação de que Lula viraria ministro, perto das 11h30, o dólar bateu a máxima de R$ 3,8520 ( 2,41%).
Depois disso, no entanto, a pressão começou a diminuir. Alguns profissionais citaram, durante a tarde, que o uso das reservas internacionais para abater parte da dívida pública, uma proposta defendida por setores do PT, ganhou força com Lula na Casa Civil. Isso fazia a moeda norte-americana perder força. "Se usarem as reservas, terão que vender dólares. E o mercado já se antecipa um pouco em relação a isso", disse um deles. Ao mesmo tempo, Meirelles é um nome forte na visão de muitos agentes, que poderia ajudar na recuperação da credibilidade do País. No entanto, durante entrevista coletiva ontem, a presidente Dilma Rousseff negou tanto a saída de Tombini do BC quanto o uso das reservas internacionais.

BM&FBovespa registra alta de 1,34% na sessão

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Considerando o início do pregão, a BM&FBovespa indicava um fechamento em baixa ontem em função da oficialização de Lula para a Casa Civil de Dilma Rousseff. Mas, no meio da jornada, com a decisão de política monetária do Fed, a tendência mudou.
Ao manter os juros inalterados, o Fed sinalizou em seu comunicado que tende a anunciar dois aumentos - e não mais quatro, como era previsto - neste ano. Os índices em Nova Iorque reagiram em alta e, no Brasil, a Bovespa também avançou.
O Ibovespa - índice de referência da bolsa brasileira - encerrou o pregão em alta de 1,34%, aos 47.763 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,271 bilhões.
O início do dia foi marcado por perdas para a Bovespa, com investidores em busca de proteção antes mesmo que Lula fosse confirmado na Casa Civil. A pressão só diminuiu à tarde, com a decisão do Fed.
Os papéis da Vale tiveram fortes ganhos e fecharam em alta de 9,94% na ON e 8,88% na PNA, enquanto Petrobras ON avançou 7,74%, e o papel PN da estatal subiu 9,38%, com um cenário mais positivo no exterior, após a decisão do Fed, e avanços firmes das commodities (minério de ferro e petróleo).