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Economia

- Publicada em 14 de Março de 2016 às 17:33

Mercado de smartphones cai após cinco anos de alta

Brasil perdeu participação nas vendas de dispositivos móveis na América Latina

Brasil perdeu participação nas vendas de dispositivos móveis na América Latina


JUSTIN SULLIVAN/AFP/JC
Foram cinco anos de altas consecutivas, mas o mercado de smartphones - até então um dos poucos que conseguia manter o crescimento em meio à crise econômica do País - não resistiu e encerrou 2015 em baixa na comparação com 2014. Essa retração, aliás, deve continuar em 2016. Projeções da empresa de consultoria IDC apontam um recuo de 13% do mercado de smartphones, com a venda aproximada de 41 milhões de aparelhos em 2016.
Foram cinco anos de altas consecutivas, mas o mercado de smartphones - até então um dos poucos que conseguia manter o crescimento em meio à crise econômica do País - não resistiu e encerrou 2015 em baixa na comparação com 2014. Essa retração, aliás, deve continuar em 2016. Projeções da empresa de consultoria IDC apontam um recuo de 13% do mercado de smartphones, com a venda aproximada de 41 milhões de aparelhos em 2016.
No ano passado, foram vendidos pouco mais de 47 milhões de celulares inteligentes entre janeiro e dezembro, queda de 13,4% na comparação com 2014, quando o País chegou à marca de 54,5 milhões de aparelhos vendidos. "Foi um ano muito difícil para a economia e até o mercado de smartphones acabou impactado, principalmente por conta da alta do dólar", observa o analista de pesquisa da IDC Brasil, Leonardo Munin.
Ainda de acordo com o estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q4, realizado pela IDC Brasil, os feature phones (aparelhos mais simples) encerraram o ano em queda de 74%, com 4,2 milhões de unidades comercializadas.
A boa notícia é que, embora as vendas tenham sido menores, a receita apresentou um crescimento de 1,2%, na comparação com 2014, ajudada pela alta de 17% no ticket médio, que passou de R$ 750,00, em 2014, para R$ 880,00 em 2015. Munin explica que os anos de 2013 e 2014 foram marcados pela popularização do smartphones. Em 2015, houve uma mudança no comportamento dos consumidores, que passaram a investir em celulares mais caros. "O aumento na receita foi influenciado por este novo comportamento dos usuários que buscam ter uma segunda experiência com o smartphone, optando por uma aparelho mais robusto", diz.
Diante da necessidade de fazer economia, as pessoas estão ficando mais tempo com o mesmo aparelho - o ciclo de vida que era de um ano e meio passou para cerca de dois anos. Isso também se reflete na venda de novos smartphones.
O 4º trimestre de 2015 foi o mais fraco desde 2013, com queda de 32% na comparação com 2014. Nesse período, foram vendidos 1,6 milhões de celulares inteligentes no País. Nem as festas de fim de ano e a Black Friday foram capazes de incentivar o consumo na mesma proporção dos últimos anos.
As vendas de smartphones no Brasil representaram 42% da fatia total na América Latina em 2014. Já no ano passado, esse percentual caiu para 34% das vendas totais de aparelhos na região. Mundialmente, a comercialização dos celulares no Brasil representava 4,4% do total no ano de 2014 e, em 2015, passou para 3,4%. Mesmo assim, o Brasil ainda é o quarto maior consumidor em unidades, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Índia.
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