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Conjuntura

- Publicada em 09 de Março de 2016 às 19:11

IPCA recua, mas reajustes ainda são altos

Embora a inflação oficial no País tenha desacelerado na passagem de janeiro para fevereiro, o nível de reajustes de preços continua elevado, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 1,27% em janeiro para 0,90% no mês de fevereiro.
Embora a inflação oficial no País tenha desacelerado na passagem de janeiro para fevereiro, o nível de reajustes de preços continua elevado, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 1,27% em janeiro para 0,90% no mês de fevereiro.
"Foi um recuo bastante significativo, ainda mais se observarmos que fevereiro é o mês em que é apropriado o reajuste das mensalidades da educação", ponderou Eulina. "Mas não significa que os preços caíram. O nível de reajustes nos preços continua alto", classificou. No ano passado, a taxa de inflação de fevereiro foi de 1,22%, mas houve impacto também dos aumentos nas contas de energia elétrica.
A inflação acumulada em 12 meses diminuiu de 10,71% em janeiro para 10,36% em fevereiro, no primeiro arrefecimento registrado desde setembro do ano passado. Apenas quatros entre as 13 regiões pesquisadas no País acumulam aumentos de preços abaixo dos 10% nos 12 meses encerrados em fevereiro. "Várias regiões estão acima dos 10%. Significa que o custo de vida aumentou, ainda que tenha havido desaceleração dos preços de janeiro para fevereiro", disse Eulina.
Para o IBGE, o arrefecimento na demanda dos consumidores já começa a se refletir em altas mais modestas de preços na inflação medida pelo IPCA. Segundo Eulina, o movimento pode ser percebido pela primeira vez no IPCA de fevereiro. Por ter caráter inicial e ocorrer em meio a outras pressões altistas - como o câmbio e problemas climáticos -, ainda não é generalizado entre os itens pesquisados.
"Já há reflexos da demanda sobre os preços", confirmou Eulina. "A demanda fraca já tem se mostrado através dos dados do comércio varejista, da indústria e inclusive do setor de serviços", lembrou a coordenadora de Índices de Preços.
Itens que já registraram aumentos menores ou até queda de preços por conta de alguma relação com a demanda mais fraca foram as passagens aéreas, alimentação fora de casa, motel, hotel, serviços médicos e dentários e até alguns alimentos, como as carnes.
"Nas carnes, a arroba favorável aos pecuaristas e a exportação estão facilitando a manutenção dos preços. Mas o mercado interno começa a reagir. As pessoas reduzem o consumo de carne, ainda mais nessa época próxima à Páscoa, e aumentam o de frango e carne suína", explicou Eulina.
Outro item que aumentou menos do que o esperado este ano por conta de cautela em relação à demanda foi a mensalidade escolar. O reajuste dos cursos regulares ficou em 7,43% em fevereiro, patamar semelhante ao verificado em anos anteriores no mês de fevereiro.

Juros futuros renovam baixa com política e inflação

O mercado de juros renovou o fôlego de queda nas taxas. A percepção de que a presidente Dilma está se enfraquecendo continuou sendo o principal vetor a conduzir os negócios, com o reforço do IPCA de fevereiro, abaixo das previsões, fazendo emergir o debate sobre um corte da Selic em abril.
Ao término da negociação regular, o DI julho de 2016 estava em 14,075%, de 14,115% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 fechou em 13,95%, de 14,22%. O DI janeiro de 2021 cedeu de 14,64% para 14,39%. As taxas futuras mostraram recuo firme desde a abertura dos negócios, em linha com o dólar e sob o impacto do IPCA de 0,90% em fevereiro, ante 1,27% em janeiro. O índice ficou aquém do piso das estimativas, que iam de 0,92% a 1,12%.
As previsões para março são de um número ainda mais baixo, dado que a entrada em vigor da bandeira amarela na tarifa de energia neste mês deve favorecer um alívio aos preços administrados, enquanto a saída da pressão do grupo Educação deve desacelerar os preços de serviços. Some-se o IGP-DI de fevereiro (0,79%), que também ficou abaixo do piso das estimativas.
Ainda, o expressivo recuo do dólar acaba exercendo um efeito psicológico importante sobre o cenário de inflação de curto prazo. No entanto, a abertura de posições vendidas mais agressivas continua no trecho longo e respaldada principalmente no cenário político, ainda que o noticiário desta quarta-feira especificamente não tenha trazido novidades concretas que poderiam reforçar a hipótese do impeachment.

Investidor vê espaço para lucrar, e Bovespa cai pelo segundo dia

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A Bovespa fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, com investidores vendo espaço para realizar lucros. A maior pressão baixista veio da Vale e de grandes bancos, que empurraram o Ibovespa para os 48.665 pontos em uma queda de 0,89%. O recuo do Ibovespa acontece depois da sequência de seis fechamentos em alta.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira vendido a
R$ 3,6991. A cotação está no menor nível desde 20 de novembro.