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Economia

- Publicada em 08 de Março de 2016 às 22:09

Para driblar crise, Altus reforça as exportações

 FOTOS DO PARQUE TECNÓLOGICO DE SÃO LEOPOLDO, TECNOSINOS, NA UNISINOS    NA FOTO: FOTO EXTERNA DA ALTUS

FOTOS DO PARQUE TECNÓLOGICO DE SÃO LEOPOLDO, TECNOSINOS, NA UNISINOS NA FOTO: FOTO EXTERNA DA ALTUS


JONATHAN HECKLER/JC
Patricia Knebel
A Altus decidiu olhar com mais atenção para o mercado internacional. O dólar favorável para a exportação e a retração de praticamente todos os setores que demandam automação no País - como automotivo, construção civil, energia e siderurgia - fizeram a empresa gaúcha rever a estratégia para desbravar novas possibilidades na Europa, Ásia e América Latina.
A Altus decidiu olhar com mais atenção para o mercado internacional. O dólar favorável para a exportação e a retração de praticamente todos os setores que demandam automação no País - como automotivo, construção civil, energia e siderurgia - fizeram a empresa gaúcha rever a estratégia para desbravar novas possibilidades na Europa, Ásia e América Latina.
"Essa não é uma visão de curto prazo. Estamos muito focados nesse movimento que estamos fazendo, até porque o PIB brasileiro não deve voltar a crescer significativamente em menos de quatro anos", observa o diretor internacional de marketing da Altus, Fernando Trein.
A empresa possui uma parceria consolidada com a sueca Beijer Eletronics - que detém 15% de participação societária da operação brasileira. Isso significa que o avanço nos países nórdicos, como Noruega, Dinamarca e Suécia ocorre hoje de forma mais acelerada. Também é dessa região que vem a maior parte da receita de exportação da companhia atualmente. A partir de maio, inclusive, Trein vai firmar posição em Malmo, cidade do extremo Sul sueco. De lá, ele poderá mapear novas oportunidades e avançar nas negociações com empresas de países como Rússia, Israel, Eslovênia e Portugal. Estão na mira possibilidades de automação em áreas como energia, óleo e gás, saneamento, predial e siderurgia.
Nesse movimento de expansão, também tem acontecido a descoberta de mercados que até então não estavam no radar da Altus. É o caso da Itália e França, dois países que demandam muita automação, comenta Trein.
Na América Latina, o principal mercado para exportação é a Argentina, mas a empresa já está prospectando negócios em outros países. A expansão na região terá como carro-chefe as Unidades Terminais Remotas (UTRs) da Série Hadron Xtorm, solução para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
O modelo de negócios que vem sendo executado no exterior é o de venda indireta, em que os produtos, como os controladores programáveis e as UTRs, passam a ser incorporados às soluções comercializadas por parceiros nesses mercados.
A Altus espera que, cada vez mais, possa ser encarada como uma fornecedora global de produtos e serviços com excelência tecnológica. "Uma das maiores conquistas para uma empresa como a nossa é poder exportar a nossa capacidade técnica para mercados altamente competitivos", destaca o presidente e cofundador da operação, Luiz Gerbase.
A decisão de se voltar com mais intensidade para o mercado externo, afirma Trein, não está ligada a uma queda nos negócios com a Petrobras, companhia que está no centro da Operação Lava Jato e é uma das principais clientes da Altus. "O cenário econômico atual nos preocupa mais, porque não se trata de apenas um cliente, mas de um mercado todo que está investindo menos e, com isso, demandando menos automação", diz.
O fato de a Altus possuir projetos em ativos antigos e novos da Petrobras tem ajudado a equilibrar os negócios. "Se tem atraso de um lado, a empresa faz investimentos maiores nos já existentes para manter a produção, e isso exige um forte trabalho de manutenção para a continuidade", acrescenta.
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