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Economia

- Publicada em 03 de Março de 2016 às 18:59

Indústria teve o pior desempenho no ano passado

 CADERNO FEBRAMEC 2010    GRUPO VOGES DE METALURGIA. NA FOTO ÁREA DE FUNDIÇÃO DA EMPRESA.

CADERNO FEBRAMEC 2010 GRUPO VOGES DE METALURGIA. NA FOTO ÁREA DE FUNDIÇÃO DA EMPRESA.


FREDY VIEIRA/JC
Dos setores produtivos do PIB, a indústria teve a maior queda percentual no ano passado, de 6,2%, segundo o IBGE. É uma queda sem paralelo na história recente da economia. O PIB industrial encolheu 1,4% frente ao terceiro trimestre do ano passado, completando sete trimestres seguidos de baixa, o que nunca foi registrado desde, pelo menos, o início da década de 1980. Frente ao mesmo período de 2014, o PIB do setor registrou uma queda de 8%.
Dos setores produtivos do PIB, a indústria teve a maior queda percentual no ano passado, de 6,2%, segundo o IBGE. É uma queda sem paralelo na história recente da economia. O PIB industrial encolheu 1,4% frente ao terceiro trimestre do ano passado, completando sete trimestres seguidos de baixa, o que nunca foi registrado desde, pelo menos, o início da década de 1980. Frente ao mesmo período de 2014, o PIB do setor registrou uma queda de 8%.
"A indústria foi afetada por juros mais altos e crédito crescendo menos, entre outros fatores. Além disso, o governo tirou incentivos no começo do ano de 2015, voltando aos patamares anteriores, o que prejudicou a indústria", disse Rebeca Palis, gerente das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
Dos setores da indústria, a de transformação registrou uma queda de 9,7% no ano passado. Por dentro do resultado, os destaques negativos ficaram para a indústria automotiva, máquinas e equipamentos, produtos eletrônicos e têxteis, informou o IBGE.
Mesmo o ramo de alimentos e bebidas, normalmente mais estável por produzir itens considerados básicos, teve queda no ano passado. Segundo Rebeca, produtos mais caros foram trocados por mais baratos, e isso influencia o resultado.
"A queda não foi enorme como a automobilística e máquinas e equipamentos, mas é um ramo com peso relevante na indústria", disse Rebeca, durante coletiva para a divulgação dos resultados do PIB do quarto trimestre de 2015.
Além da indústria de transformação, a construção civil também pesou para a queda da indústria como um todo, com um tombo de 7,6% em 2015 frente ao ano anterior.
Uma exceção dentro da indústria foi o crescimento do ramo extrativo mineral, que inclui a produção de minério de ferro e petróleo, por exemplo. O setor registrou crescimento de 4,9% em 2015.
Este avanço seria ainda maior, não fosse o rompimento da barragem da mineradora Samarco, que impediu um desempenho melhor no último trimestre do ano passado, ao afetar a produção do setor nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Nem mesmo o real desvalorizado, o que incentiva as exportações e torna produtos nacionais mais competitivos, tem sido suficiente para mudar a tendência da indústria. O setor foi o primeiro a entrar na crise.
Já o abrangente setor de serviços - maior do PIB pela ótica da oferta - registrou queda de 2,7% no ano passado. No quarto trimestre, o setor recuou 1,4% frente aos três meses anteriores e 4,4% ante igual período de 2014, informou o IBGE.
Dentro dos serviços, o comércio (atacadista e varejista) teve uma queda 8,9% no ano passado, seguido por transporte, armazenagem e correio (-6,5%). Já a agropecuária registrou seu menor crescimento desde 2012, ao crescer 2,9% em 2015. Naquele ano, o PIB do setor tinha registrado uma queda de 3,1%. A soja foi o produto agropecuário com maior importância da economia brasileira. A quantidade produzida da commodity aumentou 12% no ano passado.
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