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Economia

- Publicada em 03 de Março de 2016 às 18:11

Contrabando aumenta, e perdas chegam a R$ 115 bilhões, segundo entidades

 EM COMEMORAÇÃO AO DIA NACIONAL DE COMBATE À PIRATARIA, A RECEITA FEDERAL DESTRÓI, NO PORTO DE ITAGUAÍ, RIO DE JANEIRO, MAIS DE 5.300 TONELADAS DE PRODUTOS FALSIFICADOS. TÂNIA RÊGO - AGÊNCIA BRASIL

EM COMEMORAÇÃO AO DIA NACIONAL DE COMBATE À PIRATARIA, A RECEITA FEDERAL DESTRÓI, NO PORTO DE ITAGUAÍ, RIO DE JANEIRO, MAIS DE 5.300 TONELADAS DE PRODUTOS FALSIFICADOS. TÂNIA RÊGO - AGÊNCIA BRASIL


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
No Dia Nacional de Combate ao Contrabando, entidades empresariais do Rio Grande de Sul se uniram para conscientizar a população sobre os males causados por esta prática. A Comissão de Combate ao Contrabando, que reúne Fecomércio-RS, Idesf, Fiergs, Federasul, Afocefe, Farsul e Agas, entre outras instituições, levaram ao governo do Estado, Assembleia Legislativa e Ministério Público um manifesto solicitando maior controle sobre a fronteira e redução dos impostos.
No Dia Nacional de Combate ao Contrabando, entidades empresariais do Rio Grande de Sul se uniram para conscientizar a população sobre os males causados por esta prática. A Comissão de Combate ao Contrabando, que reúne Fecomércio-RS, Idesf, Fiergs, Federasul, Afocefe, Farsul e Agas, entre outras instituições, levaram ao governo do Estado, Assembleia Legislativa e Ministério Público um manifesto solicitando maior controle sobre a fronteira e redução dos impostos.
"O contrabando é um tema de grande impacto negativo à sociedade, sua população e às empresas, pois gera desemprego, aumenta o crime, fomenta o tráfico de drogas e armamentos", afirma o presidente da Comissão e vice-presidente da Fecomércio-RS, André Roncatto. "O governo foi alertado para a resolução do problema do contrabando por meio de um trabalho mais consistente no campo da repressão de fronteiras e, principalmente, no tratamento das diferenças tributárias envolvendo Brasil e Paraguai. No entanto, o contrabando cresceu 15% chegando a perdas de R$ 115 bilhões em 2015".
Um dos exemplos mais recentes dessa concorrência desleal foi o fechamento da fábrica da Souza Cruz, em Cachoeirinha, com a dispensa de mais de 300 trabalhadores. Dados da Receita Federal mostram que o cigarro é um dos carros-chefes do contrabando no País. Atualmente, o mercado de cigarros possui uma margem de 32% de produtos contrabandeados.
Para sensibilizar a população sobre o problema, na tarde desta quinta-feira, foram distribuídos folhetos informativos no centro de Porto Alegre. A Comissão também se reuniu com o vice-governador José Paulo Dornelles Cairoli, que recebeu em mãos manifesto reafirmando a necessidade de revisão da questão tributária no Estado e maior combate à comercialização de produtos ilegais.
A comissão também esteve presente na Assembleia Legislativa e foi recebida pelo vice-presidente Adilson Troca (PSDB) e pelo deputado Juliano Roso (PCdoB). Os trabalhos serão concluídos com nova reunião no Ministério Público.
A demanda por produtos ilegais, fomentada pelo aumento de impostos sobre produtos nacionais e pela fragilidade das fronteiras, vem crescendo ano após ano, afetando a evasão fiscal do governo, aumentando a criminalidade e o desemprego, além de desestabilizar a sustentabilidade econômica industrial. O principal produto contrabandeado é o cigarro - 67% das apreensões de mercadorias ilegais -, com uma evasão fiscal de
R$ 4,9 bilhões.
O Movimento Nacional em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, liderado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, em conjunto com mais de 70 entidades empresariais e organizações da sociedade civil atingidas pelas práticas ilegais do contrabando, cobrou a falta de comprometimento do governo federal para coibir a entrada de produtos ilegais no País. Outras cidades também se mobilizam. Além de Porto Alegre, Brasília, São Paulo, Campo Grande, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro também se manifestaram em prol de um Brasil sem contrabando.
 
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