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Economia

- Publicada em 03 de Março de 2016 às 22:07

Shoppings projetam alta nas vendas em 2016

 Último domingo de compras antes do Natal de 2015.    na foto: movimento no shopping Praia de Belas

Último domingo de compras antes do Natal de 2015. na foto: movimento no shopping Praia de Belas


JONATHAN HECKLER/JC
Guilherme Daroit
Executivos ligados à indústria de shopping centers gostam de denominar o próprio setor como "resiliente". É nisso, principalmente pelo histórico de constantes crescimentos anuais, que aposta a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para não perder o ritmo em 2016. A repetição da taxa de crescimento nas vendas percebida em 2015, na grandeza de 6,5%, já é encarada com bons olhos pela entidade, que representa um segmento que faturou R$ 151,5 bilhões no ano passado.
Executivos ligados à indústria de shopping centers gostam de denominar o próprio setor como "resiliente". É nisso, principalmente pelo histórico de constantes crescimentos anuais, que aposta a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para não perder o ritmo em 2016. A repetição da taxa de crescimento nas vendas percebida em 2015, na grandeza de 6,5%, já é encarada com bons olhos pela entidade, que representa um segmento que faturou R$ 151,5 bilhões no ano passado.
"Os shoppings estão se tornando centros de cidadania, com complexos empresariais, hotéis, universidades, espaços para lazer. A diversificação de produtos e serviços é que permite essa resiliência do setor", argumenta o diretor de assuntos institucionais da Abrasce, Cátilo Cândido. O executivo ressalta que, atualmente, 88% dos cinemas brasileiros, por exemplo, estão em shoppings, e que só 30% dos gaúchos vão aos centros comerciais para apenas fazer compras.
Olhando apenas os dados estaduais, o crescimento foi um pouco menor em 2015. Os shoppings gaúchos registraram crescimento de 3% no faturamento, para R$ 6,8 bilhões. Foram 18,4 milhões de visitas mensais, e um total de 47,6 mil empregos no setor. Nacionalmente, o segmento ultrapassou, pela primeira vez, o milhão de vagas, chegando a 1.032.776 empregos. Ao todo, 18 empreendimentos foram inaugurados no ano passado (um deles em solo gaúcho, o Partage Rio Grande), totalizando um investimento de R$ 12 bilhões.
Outros 20 novos shoppings têm previsão de abrirem suas portas em 2016. No Estado, esse movimento deve acontecer em Alvorada, onde o Praça Alvorada planeja estrear em setembro. Outras três unidades (Praça Nova Santa Maria, Passo Fundo Shopping, Park Shopping Canoas) têm inauguração prevista para 2017. Cândido defende que, por serem operações que demandam grande planejamento prévio, a dificuldade de crédito para financiamentos não deve afetar muito a expansão futura do setor. "Não somos uma ilha em meio a um cenário complicado, claro, mas ainda temos força nesse sentido", defende o diretor. Cândido também classifica como normal que aconteçam atrasos ou mesmo adiantamentos nos calendários dos novos shoppings, até por dependerem, muitas vezes, de processos de licenciamento e legislações municipais e estaduais.
Com a ajuda dos novos equipamentos, além das expansões em andamento em todo o País em shoppings tradicionais, a entidade espera continuar crescendo em faturamento mesmo com a retração no varejo. "Há uma tendência de racionalização do consumo, além de novos padrões de consumo por parte das novas gerações, e temos que nos adaptar para receber. Acho que podemos repetir 2015, mas ainda é muito cedo, e a realidade é que vai nos mostrar se conseguiremos", relativiza Cândido.
O diretor esteve em Porto Alegre para o fórum regional dos associados, onde ressaltou o aniversário de 50 anos do segmento no País. O primeiro shopping brasileiro, o Iguatemi da capital paulista, foi inaugurado em novembro de 1966. "Desde aquele tempo, já se classificava os shoppings como centro de inovação, segurança e conforto, que continuam sendo nossos diferenciais", afirmou Cândido. São, hoje, 538 equipamentos no País, 38 deles no Rio Grande do Sul. Em comparação com outros mercados, como Estados Unidos, México e Chile, o diretor argumenta que há ainda oportunidades para novos equipamentos no País. O setor registra, atualmente, 7,2 m² de área bruta locável (ABL) por cada 100 habitantes.
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