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A voz do Pastor

- Publicada em 15 de Março de 2016 às 17:27

Francisco

No dia 13 de março de 2013, após a fumaça branca da chaminé da Capela Sistina subir aos céus, indicando a eleição de um novo bispo para a cidade de Roma, foi apresentado à Igreja e ao mundo o cardeal Bergoglio, que, como Papa, escolheu o nome Francisco.
No dia 13 de março de 2013, após a fumaça branca da chaminé da Capela Sistina subir aos céus, indicando a eleição de um novo bispo para a cidade de Roma, foi apresentado à Igreja e ao mundo o cardeal Bergoglio, que, como Papa, escolheu o nome Francisco.
A escolha do nome representou uma grande surpresa. Pela primeira vez na história, alguém eleito como sucessor do apóstolo Pedro, escolhia o nome Francisco. O nome escolhido representa um programa de governo, um projeto de vida: os pobres, a paz, o cuidado pela casa comum, a simplicidade de vida, a busca de entendimento entre culturas, governos e povos, o diálogo.
O nome Francisco faz referência a um homem que marcou a história não só da Igreja, mas também da humanidade: Francisco de Assis. Por uma intuição colhida diante de um crucifixo, ele se sentiu impelido a "reformar a Igreja". Não seria demais imaginar que Papa Francisco, na condição de crente a caminho, de seguidor do Crucificado-Ressuscitado, deseja colocar a Igreja em caminho para que as alegrias e esperanças, as dores e angústias da humanidade sejam também as alegrias e as esperanças, as dores e angústias de toda a Igreja. Para isso, é necessário que a comunidade eclesial - clero, consagrados e leigos - saia de si para ir ao encontro das periferias existenciais de nosso tempo.
Em sua primeira missa com os cardeais que o elegeram, Papa Francisco falou de "movimento": movimento no caminho, movimento na edificação da Igreja, movimento na confissão. Exortou os que o escolheram a caminharem na presença do Senhor; edificar a Igreja do Senhor sobre a pedra que é o próprio Senhor; confessar que Jesus é o Senhor. Ele completou sua breve homilia pedindo que todos nós tivéssemos a coragem; sim, a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado.
No dia de sua posse como bispo de Roma, pediu, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos "guardiões" da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para "guardar", devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida. Então, guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade ou mesmo de ternura.
Nestes três anos de pontificado, Papa Francisco viajou para todos os continentes, exceto à Oceania. Por onde passou, não teve receio de abordar as grandes perguntas da humanidade, criticando a cultura do "descartável", conclamando a todos para a responsabilidade diante dos destinos da humanidade e da casa comum.
Chama a atenção um termo recorrente nas palavras do Papa Francisco: encontro. É um termo rico de significados. Sugere o encontro concreto entre as pessoas, o encontro com Deus e com a pessoa de Jesus Cristo; o encontro com os responsáveis pelas nações, o encontro entre líderes religiosos e com indivíduos que esperam uma palavra de esperança, conforto, orientação e fé.
Papa Francisco demonstra coragem e confiança, caminha na fé e na esperança. Expressa autenticidade. Por isso, é ouvido e seguido. Aparece sempre mais nitidamente como um verdadeiro líder mundial.
Sirvam estas considerações sobre Papa Francisco para nossa determinação de fazer da Quaresma o verdadeiro tempo de revisão de vida e conversão, orientados pelo Evangelho de Jesus Cristo, o Crucificado-Ressuscitado.
 
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