Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 31 de Março de 2016 às 21:52

Gol busca saídas para superar o prejuízo e a dívida

 Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas  14/01/2016 ?  São Paulo ? SP, Brasil ? O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, voltará a ter voos para todo o país após um período de restrições que já dura nove anos. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) derrubou em dezembro uma restrição que limitava a uma distância de 1.500 km os voos com chegada ou saída de Congonhas. O aeroporto é o terceiro maior do país em número de passageiros.A portaria de 24 de julho de 2007, que restringiu os voos, foi publicada uma semana após o acidente com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos. A redução de voos no aeroporto foi adotada como medida de segurança, à época.

Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas 14/01/2016 ? São Paulo ? SP, Brasil ? O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, voltará a ter voos para todo o país após um período de restrições que já dura nove anos. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) derrubou em dezembro uma restrição que limitava a uma distância de 1.500 km os voos com chegada ou saída de Congonhas. O aeroporto é o terceiro maior do país em número de passageiros.A portaria de 24 de julho de 2007, que restringiu os voos, foi publicada uma semana após o acidente com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos. A redução de voos no aeroporto foi adotada como medida de segurança, à época.


PAULO PINTO/FOTOS PÚBLICAS/DIVULGAÇÃO/JC
Pressionada pelo aumento do endividamento, a Gol reconheceu que precisa de uma reestruturação financeira para garantir a sobrevivência no médio e longo prazo. O presidente da companhia aérea, Paulo Kakinoff, disse que o aumento da alavancagem financeira da empresa, atualmente em 12 vezes o seu potencial de geração de caixa, mais que o dobro do registrado há um ano, foi o destaque negativo do balanço de 2015, que mostrou prejuízo líquido recorde de R$ 4,3 bilhões.
Pressionada pelo aumento do endividamento, a Gol reconheceu que precisa de uma reestruturação financeira para garantir a sobrevivência no médio e longo prazo. O presidente da companhia aérea, Paulo Kakinoff, disse que o aumento da alavancagem financeira da empresa, atualmente em 12 vezes o seu potencial de geração de caixa, mais que o dobro do registrado há um ano, foi o destaque negativo do balanço de 2015, que mostrou prejuízo líquido recorde de R$ 4,3 bilhões.
A liquidez da empresa piorou substancialmente em 2015 pela correção da dívida em dólar e pela queima de caixa. Com a recessão, a empresa perdeu cerca de R$ 300 milhões em vendas e teve um aumento de custos de R$ 400 milhões, provocado especialmente pela valorização do dólar.
Essa equação fez com que a Gol revertesse a tendência de recuperação de margens e voltasse a ter prejuízo (de R$ 184 milhões em 2015) após dois anos de lucro. "Se nada fosse feito, a inércia da companhia, como os próprios números dizem, consumiria a nossa liquidez. No curto prazo, temos um colchão de liquidez, e a companhia não corre nenhum risco de insolvência. Agora, quando você olha no médio e longo prazo, é evidente que a atual estrutura de capital tem de ser revisada, e é nisso que estamos trabalhando", afirmou Kakinoff.
"Hoje, estamos adimplentes com nossas obrigações. Mas, olhando para frente, para o cenário do Brasil, ou seja, de um novo patamar de câmbio e crescimento inexistente, nós achamos por bem chamar assessores para nos ajudar a avaliar qual seria a estrutura de capital adequada", afirmou Edmar Lopes Neto, vice-presidente financeiro da Gol.
Ele disse que a reestruturação financeira da empresa será feita neste ano, mas que as ações ainda não estão definidas. Enquanto busca soluções para aumentar a liquidez, a Gol vai encolher. A empresa prevê cortar até 18% dos seus voos, deixar de voar para oito destinos e retirar 20 aviões de sua frota em 2016. A Gol encerrou 2015 com 144 aviões e deveria receber mais 15 da Boeing entre 2016 e 2017.
A companhia, no entanto, reduziu o volume de entregas previstas no período para apenas uma unidade, vai devolver outras cinco que são arrendadas e ainda "alugar" mais nove para empresas estrangeiras. Além da Gol, a Latam anunciou, no fim de 2015, uma redução de 13 aviões de sua frota, e a Azul decidiu transferir 17 aviões para a companhia portuguesa TAP neste ano. A Avianca não deverá devolver aviões, mas poderá postergar entregas. "O momento é muito grave. O setor está encolhendo e não se recupera antes do segundo semestre de 2017", disse o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. O enxugamento dos voos é bem visto pelos analistas. "Os fundamentos do setor aéreo brasileiro estão mostrando uma recuperação gradual, com a Gol, a Latam e a Azul planejando reduzir a capacidade em voos domésticos. Esse cenário, combinado com a decisão da Gol de otimizar o tamanho da sua frota, pode conduzir um aumento de margens operacionais", disseram os analistas do Bradesco BBI, em relatório.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO