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Energia

- Publicada em 18 de Março de 2016 às 15:01

Brasil importa o primeiro shale gas vendido pelos EUA

 09082011-TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO GÁS NATURAL LIQUEFEITO (GNL) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO   FOTO AGÊNCIA PETROBRAS

09082011-TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO GÁS NATURAL LIQUEFEITO (GNL) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO FOTO AGÊNCIA PETROBRAS


AGÊNCIA PETROBRAS DE NOTÍCIAS/DIVULGAÇÃO/JC
Chegou ao Brasil na semana passada a primeira exportação de gás natural feita pelos Estados Unidos no mundo. O primeiro carregamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) - o gás na forma líquida - foi desembarcado no terminal de regaseificação da Petrobras na Baia de Guanabara.
Chegou ao Brasil na semana passada a primeira exportação de gás natural feita pelos Estados Unidos no mundo. O primeiro carregamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) - o gás na forma líquida - foi desembarcado no terminal de regaseificação da Petrobras na Baia de Guanabara.
A informação foi divulgada na quinta-feira por Edward Chow, especialista de óleo e gás do Center of Strategic and International Studies (CSIS) dos Estados Unidos, durante seminário realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro.
Essa carga é a primeira produção norte-americana de GNL processada a partir do shale gas, que vem revolucionando o mercado mundial, tornando os Estados Unidos praticamente autossuficientes e exportadores.
O navio Asia Vision foi carregado no terminal de Sabine Pass, da Louisiana nos EUA, com 160 mil metros cúbicos de GNL, o equivalente a 96 milhões de metros cúbicos de gás. A Petrobras importa gás natural de Trinidad Tobago, Nigéria e Qatar.
O especialista norte-americano afirmou que a maior vantagem do shale gas é o preço, que chega a US$ 1,75 por milhão de BTU (unidade mundial do gás), enquanto no Brasil o custo do gás está em US$ 12 por milhão de BTU. "O gás norte-americano a partir do shale gas em termos de preços vai ser muito competitivo para o Brasil. Esse é o primeiro projeto de exportação, e temos mais 20 projetos em fase de planejamento e outros seis já recebendo autorizações governamentais para exportação", diz Chow.
A operação de compra foi feita com a Cheniere, empresa que está construindo sete instalações de liquefação de gás natural no Golfo do México. De acordo com Chow, o desenvolvimento dos projetos no pré-sal no Brasil depende da decisão do governo de deixar ou não que outros investidores, além da Petrobras, explorem os campos.
Segundo o executivo, a Petrobras não pode mais investir como fazia no passado, por estar muito endividada e com dificuldades de fazer novas captações de recursos. "O governo vai ter que decidir se vai deixar que o ritmo de investimento diminua porque a Petrobras não está podendo gerar os recursos que previa, ou pode atrair mais capital para tocar os projetos."
Para Chow, os preços do petróleo no mercado internacional devem se manter baixos, ficando mais próximos dos US$ 50 o barril, do que de US$ 100 até 2020. Segundo o especialista, o excesso de oferta atual é de 1 milhão de barris por dia, mas mesmo que ocorra um aumento no consumo, os preços do petróleo não chegarão a patamares tão elevados como antes:
"Tudo vai depender da economia mundial nos próximos anos. Se tiver uma melhora, espera-se que a demanda por óleo aumente. Se a economia estiver fraca como hoje, a expectativa é que a demanda não cresça muito", disse o executivo.

Distribuidoras podem travar o avanço da energia caseira

 09082011-TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO GÁS NATURAL LIQUEFEITO (GNL) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO   FOTO AGÊNCIA PETROBRAS

09082011-TERMINAL DE REGASEIFICAÇÃO GÁS NATURAL LIQUEFEITO (GNL) NA BAÍA DE GUANABARA, RIO DE JANEIRO FOTO AGÊNCIA PETROBRAS


AGÊNCIA PETROBRAS DE NOTÍCIAS/DIVULGAÇÃO/JC
A geração distribuída de energia a partir de fontes solares tem uma nova nuvem tentando bloquear seu crescimento: as distribuidoras. Elas afirmam que, até 2024, os consumidores sem condições de investir em painéis solares, por restrições financeiras ou técnicas, vão subsidiar em mais de R$ 1 bilhão os que têm condições de bancar a compra de equipamentos, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Além disso, as empresas devem perder R$ 280 milhões em receitas, diz a entidade. Para mudar esse panorama, as empresas estão tentando reverter a regulamentação da Aneel que permitiu descontos na tarifa e no encargo de distribuição aos consumidores que investirem na geração caseira.
Esse encargo é repartido por todos os consumidores residenciais proporcionalmente ao custo da tarifa. Portanto, quem não paga a tarifa - caso dos "geradores caseiros" - também não paga a Tusd, deixando a conta para os consumidores que não têm os painéis. Esses consumidores têm até apelido: "os sem-telhado", numa referência ao local dos painéis solares.
A expectativa do governo é que, até 2024, sejam instalados 620 mil painéis fotovoltaicos para a geração caseira de energia no País. Hoje, há pouco mais de 1.100.Até lá, os consumidores que estiverem gerando energia devem ganhar em descontos cerca de R$ 2,8 bilhões na tarifa de energia e na Tusd, segundo a Aneel.
Para Nelson Leite, presidente da Abradee (associação das distribuidoras), a regulamentação, do jeito que está, favorece os consumidores ricos em detrimento dos pobres. "É uma espécie de Robin Hood às avessas."
Claudio Salles, presidente do instituto Acende Brasil, afirma que a regulamentação precisa evoluir. "Ainda estamos engatinhando na geração caseira. Porém, à medida que ela fica mais competitiva e as pessoas passam a investir nela, essa regra precisará ser revista."