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JC Logística

- Publicada em 02 de Março de 2016 às 22:26

Motoristas profissionais farão teste de detectação de drogas

 A SEGUNDA BLITZ DA OPERAÇÃO SAFRA 2014, DA ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA (APPA), FOI REALIZADA NESTA QUINTA-FEIRA (26), NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS. NO POSTO FURNAS, DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF), NA BR 376 (RODOVIA DO CAFÉ), EM PONTA GROSSA, OS CAMINHONEIROS RECEBERAM INFORMAÇÕES SOBRE AS REGRAS DE DESCARGA NO PORTO DE PARANAGUÁ E DICAS PARA O CORRETO ACONDICIONAMENTO DA CARGA E LIMPEZA DOS CAMINHÕES, APÓS O PROCESSO.  FOTO SÂMAR RAZZAK/APPA

A SEGUNDA BLITZ DA OPERAÇÃO SAFRA 2014, DA ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA (APPA), FOI REALIZADA NESTA QUINTA-FEIRA (26), NA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS. NO POSTO FURNAS, DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF), NA BR 376 (RODOVIA DO CAFÉ), EM PONTA GROSSA, OS CAMINHONEIROS RECEBERAM INFORMAÇÕES SOBRE AS REGRAS DE DESCARGA NO PORTO DE PARANAGUÁ E DICAS PARA O CORRETO ACONDICIONAMENTO DA CARGA E LIMPEZA DOS CAMINHÕES, APÓS O PROCESSO. FOTO SÂMAR RAZZAK/APPA


SÂMAR RAZZAK/APPA/DIVULGAÇÃO/JC
Os motoristas profissionais de todo o Brasil estão obrigados a fazer exames toxicológicos de larga janela de detecção, em cumprimento à deliberação 145, de dezembro de 2015, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Conhecido como teste do cabelo, esse exame permite identificar o uso de drogas por um período de, pelo menos, 90 dias antes da coleta. Na avaliação do coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, trata-se de uma medida "extraordinária".
Os motoristas profissionais de todo o Brasil estão obrigados a fazer exames toxicológicos de larga janela de detecção, em cumprimento à deliberação 145, de dezembro de 2015, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Conhecido como teste do cabelo, esse exame permite identificar o uso de drogas por um período de, pelo menos, 90 dias antes da coleta. Na avaliação do coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, trata-se de uma medida "extraordinária".
"É a primeira medida que se toma no País desde 1998, quando entrou em vigor o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Não havia nenhuma medida para combater o uso de drogas por quem dirige de forma profissional", disse. Ele destacou que o exame não visa à fiscalização, mas à prevenção. Autor do estudo "As drogas e os motoristas profissionais", Rizzotto informou que, nos Estados Unidos, as próprias empresas tiveram, há 10 anos, a iniciativa de fazer o teste do cabelo e conseguiram praticamente zerar os acidentes envolvendo motoristas sob efeito de drogas.
Naquele país, o teste de urina é obrigatório há 30 anos, mas apresenta detecção de menor número de dias. Rizzotto ressaltou a importância para a saúde dos motoristas, porque "quem é usuário de drogas vai ter que parar e, se for dependente, vai ter que buscar um tratamento. É importante, do ponto de vista de saúde pública", afirmou. Em termos de segurança, a medida é importante, porque vai diminuir os acidentes.
O teste também é exigido dos motoristas de ônibus, de vans e de transporte escolar." Exames clínicos feitos em caminhoneiros brasileiros voluntários que transportam as chamadas cargas de horário, do tipo perecível, mostraram que chega a 50% o número de motoristas que fazem uso de drogas. Desse total, 80% já são dependentes químicos e necessitam de tratamento, disse Rizzotto.
O coordenador do SOS Estradas disse acreditar que o teste também combater a concorrência desleal. "Porque aquele que não usa drogas não aceita fazer determinadas viagens." Se um motorista faz, em 22 horas, por exemplo, uma viagem que dura normalmente 30 horas, "é porque o cara não vai dormir", explicou. No fundo, ele está baixando o valor do frete e trabalhando em condições sub-humanas. Para ele, que a transportadora, se for uma empresa séria, e não explorar o empregado, também não vai aceitar determinados tipos de carga, nem condições adversas de transporte.
O exame toxicológico de larga janela vale apenas para motoristas profissionais nas categorias C, D e E e será exigido em quatro situações: renovação da carteira, mudança de categoria, admissão e desligamento da empresa. Como o custo do exame tem custo médio de R$ 300,00 a R$ 350,00 Rizzotto acredita que deverão ser fechados acordos entre as empresas e os sindicatos. No caso dos autônomos, o custo deve ser bancado pelo próprio motorista profissional. O motorista cujo exame der resultado positivo pode buscar tratamento e efetuar um novo teste 90 dias depois.
Os caminhões e ônibus representam 5% da frota nacional de veículos que, em janeiro deste ano, somou quase 91 milhões de unidades, de acordo com dados do Denatran, e estão envolvidos em mais de 40% dos acidentes ocorridos nas rodovias com vítimas fatais.
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