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- Publicada em 02 de Março de 2016 às 22:23

Aéreas poderão ter 49% de capital estrangeiro

 AVIÃO (AERONAVE) DA AZUL NO PÁTIO (PISTA) DO AEROPORTO SALGADO FILHO. AVIÃO DA TAM E DA AZUL

AVIÃO (AERONAVE) DA AZUL NO PÁTIO (PISTA) DO AEROPORTO SALGADO FILHO. AVIÃO DA TAM E DA AZUL


JOÃO MATTOS/JC
A presidente Dilma Rousseff assinou, na semana passada, e o Diário Oficial publicou na quarta-feira passada, uma medida provisória que eleva o limite de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas dos atuais 20% para 49%. A medida faz parte da estratégia da equipe econômica do governo de tentar conter a forte retração econômica e atrair novos investidores para o mercado de aviação comercial.
A presidente Dilma Rousseff assinou, na semana passada, e o Diário Oficial publicou na quarta-feira passada, uma medida provisória que eleva o limite de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas dos atuais 20% para 49%. A medida faz parte da estratégia da equipe econômica do governo de tentar conter a forte retração econômica e atrair novos investidores para o mercado de aviação comercial.
A expectativa entre os governantes é de que essa possibilidade aberta na legislação se torne um estímulo que possa beneficiar principalmente a aviação regional, em rotas mais curtas, e ofereça às grandes empresas aéreas do País uma saída para superar a atual crise criada com a queda no volume de passageiros.
As quatro grandes empresas do setor - TAM, Gol, Azul e Avianca - têm registrado prejuízo em suas operações, o que, teme o governo federal, pode levar a um processo de aumento no preço das passagens aéreas. Para o governo federal, o momento é favorável à abertura do setor aéreo para o capital externo, porque as empresas estrangeiras estão capitalizadas devido à redução do preço dos combustíveis em boa parte do mundo diante da queda no preço do petróleo.
Sob pressão de técnicos do setor, o Palácio do Planalto estuda a abertura completa do mercado para as empresas aéreas estrangeiros, mas teria decidido fazê-la de maneira escalonada diante da resistência encontrada nas empresas nacionais.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas avalia como positivo o aumento do limite de participação de capital estrangeiro em companhias aéreas nacionais de 20% para 49%. "Toda a medida que alinha a aviação comercial brasileira com o mercado internacional é bem-vinda", diz a Abear em nota.
"Essa iniciativa, somada às demais que estão em pauta na Secretaria de Aviação Civil (SAC) e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é positiva na medida em que amplia o ambiente para uma aviação com custos mais baixos", afirma o presidente da associação, Eduardo Sanovicz. Na opinião de analistas, essa flexibilização na regulação aumenta a possibilidade de aquisições no setor aéreo e permite uma eventual ampliação da fatia que a Delta Air Lines atuatualmente possui na Gol.

Ações sustentáveis reduzem danos ao ambiente em aeroportos

 AEROPORTO DE GUARULHOS, TERMINAL 3, CENTRAL AVIAÇÃO - JC LOGÍSTICA - CRÉDITO ANEAA DIVULGAÇÃO JC

AEROPORTO DE GUARULHOS, TERMINAL 3, CENTRAL AVIAÇÃO - JC LOGÍSTICA - CRÉDITO ANEAA DIVULGAÇÃO JC


ANEAA/DIVULGAÇÃO/JC
Reuso de água, coleta seletiva, energia movida a gás natural e troca de lâmpadas tradicionais por modelos mais econômicos são algumas das apostas sustentáveis implantadas pelos aeroportos brasileiros nos últimos anos. Serviços cada vez mais ecologicamente corretos e economicamente viáveis estão na pauta da infraestrutura aeroportuária do País.
"Seguindo a tendência mundial de investir em fontes renováveis de energia e em gestão eficiente de água, entre outras ações, o investimento em tecnologias verdes também tem seu viés econômico. A economia feita ao longo dos anos com energia e água, por exemplo, pode ser decisiva na elaboração de um projeto", destaca o ministro da Aviação, Guilherme Ramalho.
Terminais regionais como os de Uberaba (MG), Imperatriz (BA) e Carajás/Parauapebas (PA) instalaram lâmpadas LED com o objetivo de melhorar a eficiência energética, já que o produto gera uma economia de energia de cerca de 75%, além de ser 95% reciclável.
No aeroporto mais movimentado do País, em Guarulhos (SP), foram substituídas mais de 1.500 lâmpadas alógenas por iluminação de LED em todo o sistema de pistas do aeroporto.As estratégias de reuso de água também estão presentes em diversos terminais brasileiros. Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Cruzeiro do Sul (AC), Porto Alegre (RS), Uruguaiana (RS), São José dos Campos (SP), Juazeiro do Norte (CE), Guarulhos (SP) e Campina Grande (PB), entre outros, já implantaram coletores de água de chuva, alguns por meio dos Carros Contra Incêndio (CCI), doados pela Secretaria de Aviação da Presidência da República e Infraero.
O telhado do terminal Santos Dumont, por exemplo, é um imenso coletor de água com quase 10 mil metros quadrados e com capacidade de 1 milhão de litros de água da chuva, quantidade suficiente para suprir a demanda dos banheiros do aeroporto durante 37 dias. São 53 mil litros por dia. Essa economia equivale ao abastecimento diário de, por exemplo, 440 famílias com consumo médio de 120 litros de água cada uma.
A Secretaria de Aviação da Presidência da República, juntamente com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), tem reforçado a aplicação de projetos sustentáveis por parte dos terminais e companhias aéreas no País. Em parceria com a Anac, a Secretaria está reformulando o Plano de Ação para a redução das emissões de gases de efeito estufa da aviação civil brasileira. No documento, há estudos que medem o nível dos gases emitidos pelo setor e as medidas que devem ser implementadas para diminuir esses danos ao meio ambiente.
A GRU Airport, concessionária de Guarulhos, já enviou à Secretaria de Aviação o seu planejamento para mitigar a emissão de gases do efeito estufa no terminal, seguindo as recomendações do Plano de Ação. No Galeão, são reutilizadas cerca de oito toneladas de resíduo por dia no terminal, que pretende investir, neste ano, R$ 12 milhões em projetos de sustentabilidade. A intenção é conquistar uma redução de 10% de consumo energético, com perspectiva de chegar a 20% até 2025.
Novas ações sustentáveis também estão sendo planejadas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que acontecem entre 5 de agosto e 18 de setembro. O terminal Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL), também é referência. Projetado com a tecnologia de eficiência energética de cogeração, possui geradores movidos a gás natural que fornecem energia elétrica para todo o aeroporto. Congonhas (SP) também já faz uso da mesma estrutura sustentável em seus terminais. A Infraero também adota a política, junto aos operadores aeroportuários, de conscientização para o uso cada vez mais crescente das chamadas tecnologias verdes, por meio do Plano de Controle Ambiental de Obras (Pcao).
O Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil, levantamento completo feito pela Anac, é outra importante ferramenta de gestão ambiental capaz de detalhar a evolução das emissões de gases poluentes ao longo dos últimos anos pelo setor. Intitulado de "Bioplanet", o projeto do Aeroporto Internacional de Guarulhos promete transformar óleos e gorduras residuais (OGR) em Biodiesel, que será utilizado como combustível pelos ônibus que transportam passageiros no interior do terminal. Em fase de desenvolvimento, a ação, além de contribuir para a diminuição de resíduos jogados no meio ambiente, pretende beneficiar a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Guarulhos (Coop-Reciclável), responsáveis pela coleta do material.