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Política

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2016 às 16:13

Ex-presidente diz que sítio foi um presente de amigos

 Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula  Instituto Lula>Aniversário de 36 anos do PT

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Instituto Lula>Aniversário de 36 anos do PT


RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA/DIVULGAÇÃO/JC
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na festa de aniversário de 36 anos do PT, neste sábado no Rio de Janeiro, para fazer sua primeira defesa pública sobre as suspeitas de ter sido favorecido por empreiteiras em imóveis no interior e no litoral de São Paulo. O petista tentou se desvincular das duas propriedades investigadas e atacou o Ministério Público e a Polícia Federal.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na festa de aniversário de 36 anos do PT, neste sábado no Rio de Janeiro, para fazer sua primeira defesa pública sobre as suspeitas de ter sido favorecido por empreiteiras em imóveis no interior e no litoral de São Paulo. O petista tentou se desvincular das duas propriedades investigadas e atacou o Ministério Público e a Polícia Federal.
O petista disse ter recebido o sítio em Atibaia de presente por iniciativa de seu amigo Jacob Bittar, fundador do PT, e de "outros companheiros". "Ele inventou de comprar uma chácara para que eu pudesse utilizar quando eu deixasse a Presidência. Fizeram uma surpresa para mim até o dia 15 de janeiro (de 2011)", afirmou. "A chácara não é minha", acrescentou.
Em relação ao triplex no Guarujá, no litoral paulista, em que há suspeitas de que Lula foi favorecido pela OAS, o petista disse não ter relação com a propriedade. "Eu digo que não tenho o apartamento. A empresa diz que não é meu. E um cidadão do Ministério Público costuma dizer que o triplex é meu", apontou. Lula afirmou que parte do Ministério Público se subordina à imprensa e afirmou que "as pessoas que se subordinam dessa forma não merecem o cargo que estão exercendo no País, concursadas para fazer justiça, para investigar".
O ex-presidente disse ainda ter recebido a informação de que terá seus sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados, mas não especificou o que motivou a ordem. "Se esse for o preço que a gente tem que pagar para provar a inocência, eu faço", declarou. "Só quero que depois me deem um atestado de idoneidade", enfatizou.
Conclamando os militantes a não "baixarem a cabeça", Lula disse que os petistas "não podem levar desaforo para casa toda vez que falarem merda da gente". O ex-presidente disse ainda que acabou sua fase "Lulinha paz e amor", expressão cunhada na campanha de 2002, diante da mudança de perfil em relação às eleições anteriores. O petista saiu em defesa de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, que, em um dos momentos de maior tensão com o PT, não compareceu à festa, mas apontou que ela tem que ter certeza de que o PT é "o lado dela".
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, rebateu as críticas do ex-presidente Lula. Dallagnol afirmou que há uma tentativa de tirar a credibilidade do acusador. "O que vários acusados têm feito diante da robustez das provas é buscar agredir o acusador, tentando tirar desse modo a credibilidade. Mas isso é criar uma espécie de teoria da conspiração", afirmou o procurador. 
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