Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2016 às 21:51

Juiz autoriza PF a abrir inquérito sobre sítio em Atibaia

O juiz federal Sergio Moro autorizou a Polícia Federal a abrir um inquérito específico para tratar da suposta relação do sítio em Atibaia frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "com a empresa OAS e outras empresas e pessoas investigadas na Operação Lava Jato".
O juiz federal Sergio Moro autorizou a Polícia Federal a abrir um inquérito específico para tratar da suposta relação do sítio em Atibaia frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "com a empresa OAS e outras empresas e pessoas investigadas na Operação Lava Jato".
A PF quer abrir um inquérito próprio sobre a suposta ligação de empresas com a propriedade rural. A informação consta de ofício enviado a Moro, responsável pela condução da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Em despacho de quinta-feira passada, Moro afirmou que não tem "óbice à efetivação do desmembramento requerido pela PF", desde que o Ministério Público Federal (MPF) seja consultado e não se oponha.
O juiz explicou, no despacho, que o desdobramento das investigações "está sujeito a critérios discricionários da autoridade policial, sob o controle do MPF".
Segundo a PF informou ao juiz, o novo inquérito "demanda necessário sigilo, já que o fato ainda está em investigação". A PF pediu que os documentos da OAS relativos ao assunto sejam enviados para o futuro inquérito, que tramitará em dependência a outro inquérito já aberto.
A Folha de S. Paulo havia divulgado, em novembro, que a PF investigava a propriedade rural que está registrada em nome de dois sócios de um dos filhos do ex-presidente, mas não que haveria um inquérito separado e específico sobre o sítio, medida agora tornada expressa pela polícia.
No último dia 29, a Folha revelou que a ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviços em Atibaia afirmaram que a construtora Odebrecht realizou a maior parte das obras de reforma do sítio em Atibaia.
O pedido da PF para um novo inquérito foi feito no decorrer de um inquérito aberto pela Lava Jato em 2 de julho de 2014 para investigar supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro prestados por dirigentes da OAS.
A investigação não corre em segredo de Justiça. Por isso, o juiz Moro chamou a atenção da PF ao observar no despacho que "não é aconselhável a anexação de documentos com sigilo elevado em procedimento que tramita sem segredo de Justiça", fazendo referência à petição em que a PF indica que vai abrir um novo inquérito sobre Atibaia. "Pedidos da espécie devem ser preferencialmente veiculados de forma apartada", escreveu o magistrado.
Procurada na noite desta terça-feira, a assessoria do Instituto Lula não havia dado uma resposta até a publicação deste texto.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO