Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2016 às 18:57

Morre o diplomata Luiz Felipe Lampreia, aos 74 anos

 EX-MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORESE EX-EMBAIXADOR DO BRASIL NA OMC, LUIZ FELIPE LAMPREIA  - 27.09.2005

EX-MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORESE EX-EMBAIXADOR DO BRASIL NA OMC, LUIZ FELIPE LAMPREIA - 27.09.2005


SILVIO WILLIAMS/JC/JC
O sociólogo e diplomata Luiz Felipe Lampreia morreu, aos 74 anos, nesta terça-feira, após uma parada cardíaca durante a manhã, um mês depois de ter alta do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Ele havia sido internado para tratar um tumor de pulmão.
O sociólogo e diplomata Luiz Felipe Lampreia morreu, aos 74 anos, nesta terça-feira, após uma parada cardíaca durante a manhã, um mês depois de ter alta do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Ele havia sido internado para tratar um tumor de pulmão.
A objetividade e o pragmatismo sempre foram marcantes no embaixador. Quando era ministro das Relações Exteriores no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lampreia não gostava de conversas longas. Costumava resolver tudo em menos de meia hora, enquanto ouvia cantos gregorianos em seu gabinete.
Nascido no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1941, o diplomata ingressou no Instituto Rio Branco em 1962. Serviu em Portugal, Paramaribo, no Suriname, e Genebra, na Suíça - como representante do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), até ser convidado por Fernando Henrique a assumir a pasta das Relações Exteriores, na qual permaneceu de 1995 a 2001.
Crítico ao governo do PT, Lampreia escreveu artigos contra a entrada da Venezuela no Mercosul. Apesar das divergências, Lampreia sempre teve o Estado como prioridade. Assim, há cerca de um mês, assinou, junto com mais 40 embaixadores aposentados de todas as tendências políticas, um manifesto em favor do governo brasileiro no impasse com Israel. As autoridades israelenses tornaram público o nome do líder de assentamentos em territórios palestinos, Dani Dayan, para ser embaixador em Brasília, antes mesmo da concessão do agrément, ou seja, da autorização do Brasil.
Mesmo aposentado, o ex-ministro de Relações Exteriores nunca parou. Escrevia artigos e participava de debates e entrevistas sobre política externa com frequência. Era vinculado ao Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e presidente do Conselho de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO