Habilidade com potencial de aprendizado e aperfeiçoamento, a liderança é, para alguns, um talento nato. Diferencial relevante na vida social e profissional, possibilita um melhor aproveitamento da capacidade de equipes, organizações ou populações. Com argúcia, líderes identificam oportunidades e as convertem em realizações. Geralmente, possuem destacado carisma e empatia contagiante. São figuras marcantes e, quase sempre, admiradas. Na democracia, a representação está muito associada à figura de líderes que, com seu dom, obtêm o aval dos eleitores para propor suas ideias e executar seus planos. Por outro lado, os regimes totalitários também concentram sua força em líderes, assim como as organizações ilegais e mercenárias.
O poder dos líderes, quando direcionado para finalidades destrutivas ou dominadoras, pode ser extremamente perigoso e nocivo à sociedade e às instituições. Isso se constata facilmente nos noticiários cotidianos, com especial destaque para os atos de corrupção. O acesso aos esquemas criminosos foi franqueado por lideranças importantes, algumas, inclusive, com cargos eletivos de representação popular. Abalaram instituições e a economia. Comprometeram sonhos. Mas, isso pode mudar!
Parece utópico esperar que a população aprenda a escolher melhor seus representantes, principalmente pelo atual sistema eleitoral e político-partidário, que ainda não encontrou seu desenho mais apropriado à realidade brasileira. Mas, pode ser razoável que acredite em novos nomes, ideias e propostas, com real possibilidade de encaminhamento e execução. Também necessário que admita os equívocos e aprenda com os erros, num exercício de sabedoria e maturidade. Lideranças autênticas devem ser prospectadas, incentivadas e reconhecidas para que, com virtuosismo e dedicação, conduzam as legiões de brasileiros a uma posição melhor, onde possam encontrar dignidade e excelência com trabalho, educação, saúde, moradia e segurança.
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