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Opinião

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 17:16

Tornados destruidores

Tornado. Para quem testemunhou a destruição provocada pelo tornado que atingiu o distrito de Águas Claras no ano de 2000 e o fenômeno que atingiu o Centro de Porto Alegre na inesquecível noite de 29 de janeiro foi um tornado. Ao menos as características foram idênticas: chuva forte e ventos fortíssimos destelhando prédios, cortando galhos e tombando árvores. Porto Alegre, que se orgulha de, com mais de 1 milhão de árvores, se constituir, talvez, a Capital mais arborizada do País, terminou tendo uma violenta poda irregular promovida pela natureza, já que as autoridades responsáveis não são capazes de um manejo regular. O tornado deveria servir para nosso aprendizado. Por exemplo, a participação de soldados do Exército no auxílio do recolhimento de árvores caídas deveria servir para o reconhecimento do valor das Forças Armadas, que são sempre chamadas a ajudar nos momentos de crise e de tragédias. No entanto, quando baixar a poeira, alguns pseudorrevisionistas históricos certamente voltarão com seu discurso de ódio contra esta instituição. Da mesma forma, a contribuição do trabalho feito por algumas dezenas de condenados pelo regime semiaberto. Além de diminuir-lhes as penas, sua contribuição não passa de um retorno à sociedade, a qual, afinal, paga a sua comida. E, ao serem úteis, deixam de voltar à delinquência, num país onde 80% dos crimes são praticados por foragidos, reincidentes e sob regime semiaberto. Ou seja, a exceção praticada na tragédia deveria ser norma regular e permanente. Até porque nossos parques e praças, afora alguns casos pontuais, disputam o campeonato do abandono. Por fim, restaria a questão da relação homem-meio ambiente. Como temos muitos maus alunos na nossa sociedade, o Dilúvio continuará com ligações de esgoto clandestinas; calçadas, terrenos baldios e riachos continuarão recebendo o descarte de sofás, de fogões e de pneus. No fim de semana pós-tornado, deu para ver donas de casa varrendo calçadas com água tratada. Sem se dar conta que, se ninguém morreu, foi porque Porto Alegre foi cenário de um milagre divino.
Tornado. Para quem testemunhou a destruição provocada pelo tornado que atingiu o distrito de Águas Claras no ano de 2000 e o fenômeno que atingiu o Centro de Porto Alegre na inesquecível noite de 29 de janeiro foi um tornado. Ao menos as características foram idênticas: chuva forte e ventos fortíssimos destelhando prédios, cortando galhos e tombando árvores. Porto Alegre, que se orgulha de, com mais de 1 milhão de árvores, se constituir, talvez, a Capital mais arborizada do País, terminou tendo uma violenta poda irregular promovida pela natureza, já que as autoridades responsáveis não são capazes de um manejo regular. O tornado deveria servir para nosso aprendizado. Por exemplo, a participação de soldados do Exército no auxílio do recolhimento de árvores caídas deveria servir para o reconhecimento do valor das Forças Armadas, que são sempre chamadas a ajudar nos momentos de crise e de tragédias. No entanto, quando baixar a poeira, alguns pseudorrevisionistas históricos certamente voltarão com seu discurso de ódio contra esta instituição. Da mesma forma, a contribuição do trabalho feito por algumas dezenas de condenados pelo regime semiaberto. Além de diminuir-lhes as penas, sua contribuição não passa de um retorno à sociedade, a qual, afinal, paga a sua comida. E, ao serem úteis, deixam de voltar à delinquência, num país onde 80% dos crimes são praticados por foragidos, reincidentes e sob regime semiaberto. Ou seja, a exceção praticada na tragédia deveria ser norma regular e permanente. Até porque nossos parques e praças, afora alguns casos pontuais, disputam o campeonato do abandono. Por fim, restaria a questão da relação homem-meio ambiente. Como temos muitos maus alunos na nossa sociedade, o Dilúvio continuará com ligações de esgoto clandestinas; calçadas, terrenos baldios e riachos continuarão recebendo o descarte de sofás, de fogões e de pneus. No fim de semana pós-tornado, deu para ver donas de casa varrendo calçadas com água tratada. Sem se dar conta que, se ninguém morreu, foi porque Porto Alegre foi cenário de um milagre divino.
Jornalista e escritor
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