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Opinião

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2016 às 19:00

Solidariedade, a lição da noite dos ventos uivantes

Emergência na cidade. Os porto-alegrenses ainda estão atônitos com o que viram e continuam assistindo em Porto Alegre. Uma noite de raios, trovões, tempestade e milhares de árvores no chão, bem como postes, placas, coberturas de moradias e muitos vidros. Janelas inteiras de apartamentos foram arrancadas. Muitos afirmaram que aquilo que viam somente em filmes aconteceu na Capital, uma tempestade destruidora, com ventos de cerca de 120 km/h. Parques, praças, moradias e hospitais, o mais trágico de tudo, tiveram danos os mais diversos. Ruas e avenidas bloqueadas, e até hoje temos problemas decorrentes da noite da sexta-feira dos ventos uivantes.
Emergência na cidade. Os porto-alegrenses ainda estão atônitos com o que viram e continuam assistindo em Porto Alegre. Uma noite de raios, trovões, tempestade e milhares de árvores no chão, bem como postes, placas, coberturas de moradias e muitos vidros. Janelas inteiras de apartamentos foram arrancadas. Muitos afirmaram que aquilo que viam somente em filmes aconteceu na Capital, uma tempestade destruidora, com ventos de cerca de 120 km/h. Parques, praças, moradias e hospitais, o mais trágico de tudo, tiveram danos os mais diversos. Ruas e avenidas bloqueadas, e até hoje temos problemas decorrentes da noite da sexta-feira dos ventos uivantes.
Incrivelmente, dada a destruição geral na cidade, não tivemos uma pessoa morta ou ferida gravemente. Emergências de dois hospitais de referência em Porto Alegre foram fechadas por mais de 72 horas. O Cardiologia e o Clínicas foram bastante afetados por destelhamento e inundações. Um dos símbolos do turismo em Porto Alegre, o navio Cisne Branco adernou no cais.
No entanto, apesar da solidariedade demonstrada pela maioria, tivemos momentos de irritação de alguns que ficaram totalmente descabidas no contexto das dificuldades que todos, ou quase todos, os porto-alegrenses estavam passando. Talvez porque não tivessem a noção exata da gravidade do problema.
Outra dificuldade enfrentada foi a pouca poda em árvores, e algumas precisavam disso, tal a sua idade. Houve ruas onde o vegetal que caiu tinha mais de 40 anos e cuja poda havia sido solicitada muitas vezes, sem retorno da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).
Entende-se o cuidado da secretaria com a preservação do meio ambiente e a intensa vegetação, um orgulho para a cidade. No entanto, o pedido de poda não deve ser, como parece, interpretado que se trata de alguém incomodado com a natureza ou dela inimigo.
No mais, a noite de sexta-feira, 29 de janeiro, deixou um rastro de destruição material que entrou para a história de Porto Alegre. Muito pior do que as chuvas torrenciais de outubro de 2015, há a inevitável comparação com a enchente de 1941. Naqueles dias, Porto Alegre viu a usina a carvão localizada na Volta do Gasômetro - onde estavam os grandes tanques de gás que abasteciam, por encanamento, boa parte da zona central - ser inundada. Sem energia, não funcionou a Hidráulica do Moinhos de Vento, e ficou paralisada toda a frota de bondes da Carris, então o único meio de transporte coletivo da cidade de quase 300 mil habitantes.
Pois na sexta-feira, os agentes e órgãos públicos demoraram para entender - até pelo inedetismo da tempestade e sua força - o tamanho dos estragos causados como jamais antes havia ocorrido em Porto Alegre. Restou a demonstração de esforço e solidariedade desde anônimos moradores aos integrantes do Exército, Brigada Militar, EPTC, DMLU e Dmae.
Era a busca para liberar ruas e avenidas e reabastecer com luz e água hospitais e bairros inteiros. Boa parte foi conseguida em 72 horas após o fenômeno. Mas ainda há muito a ser feito, em algumas zonas da cidade. E os prejuízos estão sendo contabilizados, quando a normalidade total ainda vai demorar para o comércio e os 1,5 milhão de habitantes da Capital. Nesta terça-feira, a homenagem dos fiéis à Nossa Senhora dos Navegantes. Que ela nos proteja de algo sequer parecido no futuro.
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