O processo de reconstrução da ponte da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, anda a passos de tartaruga. O início da obra na estrutura, desativada há 42 anos, estava previsto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para 2012. Quatro anos depois, a promessa não saiu do papel e não tem mais previsão de data para sair.
Segundo o órgão federal, a licitação está sendo preparada em Brasília, mas não é possível estimar quando o edital será lançado. O entrave foi justificado, primeiro, pela demora na definição por recuperar a estrutura já existente ou pela construção de uma nova. Após a conclusão de que seria mais barato renovar a ponte antiga, um novo imbróglio começou, desta vez relativo à análise do valor da obra por parte da Coordenação Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes da autarquia, em nível federal.
A intervenção é parte do projeto de duplicação da rodovia, começada em janeiro de 2009. A obra, contudo, esbarra na ponte, desativada em 1974. Hoje, a
BR-392 é o único acesso terrestre a Rio Grande. A estrutura, se reativada, seria um caminho alternativo. Localizada sobre o canal São Gonçalo, a dois quilômetros de Pelotas e a 50 quilômetros de Rio Grande, a passagem precisou ser fechada em função de problemas com suas vigas.
Mesmo após o lançamento do edital, o valor da reconstrução não será divulgado, pois a licitação será realizada através de Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). Nesse modelo, as empresas enviam propostas para o projeto e determinam um orçamento. O Dnit, então, analisa as ofertas e escolhe a de valor menos elevado.
Desde dezembro, a construtora Cidade, vencedora de licitação, está construindo cinco passarelas para pedestres na BR-392. Orçado em R$ 11,7 milhões, o projeto inclui passarelas no Parque Marinha (km 18), no bairro Carreiros (km 19,6), na Vila da Quinta
(km 26,5), no Povo Novo (km 41,9) e no Capão Seco (km 51,8). Atualmente, os trabalhos estão sendo realizados na fundação das estruturas. A previsão de conclusão é até o final do ano.