Operação dos novos ônibus só depende de Fortunati

O novo serviço de ônibus de Porto Alegre está muito próximo de entrar em funcionamento. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) realizou ontem uma reunião com os fiscais responsáveis pela análise do contrato com as empresas vencedoras do edital de licitação - as mesmas que já atuam no sistema, mas reorganizadas em novos consórcios para atender às seis bacias operacionais. A data do início da operação, dentro dos novos moldes da concorrência, depende da avaliação destes documentos.

"Repassaremos todas as informações para o prefeito José Fortunati, que será quem anunciará o início do serviço. Nós ainda não temos confirmado o dia que isso irá acontecer", explica o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari. A previsão é de que a operação ocorra ainda neste mês.

Antes do encontro com os fiscais, uma outra reunião foi realizada com integrantes do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), responsável pela votação da tarifa, definida a partir dos itens da planilha de preços. Neste ano, o Comtu atuará apenas como fiscalizador do processo, pois o cálculo será feito a partir do especificado na licitação, e o valor, ainda não definido, passará a valer no momento da implantação do novo sistema.

O edital estabelece que o preço proposto pelas empresas (R$ 3,45, 20 centavos a mais que o atual) receberá revisão levando em conta a inflação até a data do início da operação, bem como o reajuste dos rodoviários (11,81%, com ganho real de 0,5%) e o índice inflacionário desde 6 de julho, quando as propostas foram entregues. Com isso, a passagem deverá ficar entre R$ 3,70 e R$ 3,80.

A licitação levou mais de dois anos para ser concluída pelas equipes da EPTC e demais órgãos da prefeitura. Hoje, as empresas operam apenas com permissões. Na terceira tentativa de regularizar o sistema, o edital publicado no dia 6 de maio dividiu as três atuais bacias em seis lotes. O contrato estipulou ainda a ampliação gradual de ar-condicionado nos veículos. No prazo máximo de 10 anos, 100% da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano. A divisão das linhas também teve alteração para melhor adequação dos trajetos. A Carris, por exemplo, ganhou quatro e perdeu cinco.