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- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 22:46

Protesto reúne centenas no Centro da Capital

Marcha foi formada por estudantes, integrantes de movimentos sociais e coletivos da juventude

Marcha foi formada por estudantes, integrantes de movimentos sociais e coletivos da juventude


JOÃO MATTOS/JC
Jessica Gustafson
Antecipando o aumento das passagens, que pode ocorrer ainda neste mês, e criticando a licitação dos ônibus da Capital, o Bloco de Luta pelo Transporte Público realizou ontem a primeira manifestação deste ano, com a participação de centenas de pessoas. Na próxima semana, um novo ato deve ser realizado.
Antecipando o aumento das passagens, que pode ocorrer ainda neste mês, e criticando a licitação dos ônibus da Capital, o Bloco de Luta pelo Transporte Público realizou ontem a primeira manifestação deste ano, com a participação de centenas de pessoas. Na próxima semana, um novo ato deve ser realizado.
As empresas vencedoras da concorrência as mesmas que já operavam, mas redistribuídas em novos consórcios devem iniciar o serviço ainda em fevereiro, a partir dos moldes previstos no edital, que define o mês de abril como limite do começo da operação. Com isso, as passagens serão reajustadas, ficando entre R$ 3,70 e R$ 3,80 (o valor hoje é R$ 3,25), levando em conta a aplicação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) sobre todos os itens da planilha e o salário dos rodoviários. A categoria terá um reajuste de 11,81%, com ganho real de 0,5%, e o vale-alimentação passará de R$ 21,00 para R$ 23,48.
O ato teve início às 17h, em frente à prefeitura. A caminhada seguiu pelas principais ruas do Centro, realizando paradas nos terminais de ônibus do Mercado Público e do Camelódromo.
Com os já conhecidos gritos de "vem, vem, vem pra rua vem, contra o aumento" e "quem não pula quer aumento", a marcha, formada por estudantes, integrantes de movimentos sociais e coletivos da juventude, desceu a avenida Borges de Medeiros em direção ao Largo Zumbi dos Palmares, onde começou a dispersão, em torno das 20h.
No Facebook, o Bloco de Luta convocou os participantes escrevendo que "a máfia do transporte público e a prefeitura de (José) Fortunati querem aumentar o preço da tarifa do busão. Querem cobrar R$ 3,80 a passagem, nos prometendo novos ônibus. A licitação de cartas marcadas decidiu que os mesmos empresários das últimas décadas vão seguir lucrando às custas da população".
A mobilização também criticou o aumento de diversos outros itens, como energia e alimentação, que impactam no custo de vida da população, que será ainda mais prejudicada com o valor da tarifa dos ônibus. De acordo com Matheus Gomes, integrante do bloco, a licitação feita pela prefeitura é "uma farsa" que está sendo utilizada como reflexo das manifestações de 2013. "Defendíamos o transporte 100% público. O mote agora é contra o aumento da passagem, mas também contra a piora na condição de vida da população", explicou. 
Paula Alves, integrante do coletivo Vamos à Luta, ressaltou que as pessoas vêm sofrendo diversos tipos de "ataques" relacionados ao aumento de preços por parte das três esferas de poder. "Além disso, teremos o maior aumento do País na passagem. Continuaremos lutando pelo passe livre estudantil e contra a crise social que estamos vivendo. Também nos solidarizamos com as pessoas que foram reprimidas nos protestos de São Paulo", afirmou.
Integrantes de grêmios estudantis também se fizeram presentes. A estudante Ana Paula Santos, integrante do grêmio do colégio Protásio Alves, contou que um dos motivos da participação foi criticar os cortes de repasse do governo estadual ao projeto Vou à Escola, que auxiliava com duas passagens diárias os alunos de baixa renda. "Eles vão auxiliar só os do Ensino Fundamental. Queremos que os do Ensino Médio voltem a receber o benefício", disse.
Hoje, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) se reúne com os integrantes do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), que são os responsáveis pela votação do reajuste da tarifa, mas, em 2016, apenas fiscalizarão o processo. No encontro, deve ser explicada a metodologia, cujo cálculo será feito, neste ano, a partir das mudanças trazidas pela licitação.
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