Roberta Fofonka

Irmãos criam marca de roupas fitness inspirados no pai ex-camelô

Camelódromo rende crescimento de 300%

Roberta Fofonka

Irmãos criam marca de roupas fitness inspirados no pai ex-camelô

Os irmãos Fábio e Daniel da Rosa Machado, de 35 e 29 anos, respectivamente, largaram seus empregos pensando em dar voz a uma vontade antiga: ter o próprio negócio juntos. Levados pelo pai, ex-camelô, ao Pop Center, shopping popular de compras de Porto Alegre - o Camelódromo -, hoje eles têm a própria marca de roupas fitness voltadas para o público feminino, a Fada Girls. Em quase três anos de operação, o faturamento acumula um aumento de 300%.
Os irmãos Fábio e Daniel da Rosa Machado, de 35 e 29 anos, respectivamente, largaram seus empregos pensando em dar voz a uma vontade antiga: ter o próprio negócio juntos. Levados pelo pai, ex-camelô, ao Pop Center, shopping popular de compras de Porto Alegre - o Camelódromo -, hoje eles têm a própria marca de roupas fitness voltadas para o público feminino, a Fada Girls. Em quase três anos de operação, o faturamento acumula um aumento de 300%.
"O mercado fitness em geral está gerando muito consumo, e isso afeta também a moda, que estava carente de produto bom", analisa Daniel, já experiente no ramo. Ele trabalhou durante 10 anos em uma empresa de vestuário, onde cortava cerca de 70 mil peças por mês. Lá, aprendeu todos os processos de produção, da modelagem ao corte. Fábio, por sua vez, trabalhava em uma grande empresa de logística.
Segundo os sócios, os grandes diferenciais da marca são o preço, o cuidado e o acabamento de cada peça. "A gente está em um centro popular de compras e usamos tecido da mesma qualidade das marcas caras", afirma Fábio. Além disso, a Fada Girls busca o melhor aproveitamento de material possível, o que obriga a criatividade a atuar com ainda mais frequência nas roupas, que variam de
R$ 20,00 a R$ 80,00.
Os dois começaram vendendo na loja do pai, no Pop Center. O investimento inicial foi de R$ 6 mil - metade em tecido e outra em maquinário. No início, os tecidos eram comprados de 15 em 15 dias e em quantidades pequenas, de 120 kg, para não haver gasto com frete. De lá para cá, o salto foi tanto que em dezembro de 2015 eles compraram e cortaram duas toneladas de matéria-prima.
Como todo negócio, o começo foi difícil. Daniel e Fábio traziam de mochila a produção da fábrica - que fica em Cachoeirinha, na residência de um deles - em uma moto. Sem dinheiro para a produção, ao final de 2013 eles tinham 155 peças na loja.
Com ajuda de familiares, foram tentando tocar o negócio. A virada veio quando, somando à sociedade a esposa de Fábio, Nelci Vieira, captaram R$ 18 mil em microcrédito do Banrisul.
Resultado: com a soma de todos estes fatores, a Fada Girls passou ilesa pela crise, e abriu uma loja maior dentro do Pop Center, mantendo ainda a anterior, além das roupas vendidas na loja do pai. Atualmente, a marca ainda está em fase de amadurecimento e análise dos próximos movimentos de expansão.
Dentre as possibilidades a serem estudadas, está exportação e abertura de uma loja fora do Pop, e também já receberam propostas de franquia de outros estados.
Roberta Fofonka

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