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Economia

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2016 às 19:45

Dólar avança 1,66% e vai a R$ 4,0493

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O pessimismo dos investidores com o novo rebaixamento do rating brasileiro, os dados ruins da economia brasileira e o cenário internacional menos favorável levaram o dólar a fechar em alta de 1,66% nesta quinta-feira, cotado a R$ 4,0493. A moeda americana chegou a operar em baixa pela manhã, mas abandonou a tendência.
O pessimismo dos investidores com o novo rebaixamento do rating brasileiro, os dados ruins da economia brasileira e o cenário internacional menos favorável levaram o dólar a fechar em alta de 1,66% nesta quinta-feira, cotado a R$ 4,0493. A moeda americana chegou a operar em baixa pela manhã, mas abandonou a tendência.
O rebaixamento do rating soberano brasileiro promovido ontem pela Standard & Poor's não chegou a ser uma surpresa para o mercado, dadas as condições deterioradas da economia. Mas foi mais uma notícia ruim - reforçada, inclusive, pelos dados do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgados na manhã desta quinta-feira. O indicador, considerado uma espécie de prévia do PIB, recuou 4,08% em 2015 ante o ano anterior. O dado ficou dentro das estimativas do mercado, mas confirmou o quadro recessivo do País.
Boa parte da pressão sobre o câmbio veio da influência internacional. O petróleo, que chegou a subir mais de 4% pela manhã, perdeu força à tarde, após a divulgação de dados sobre os estoques de petróleo nos EUA. Houve alta de 2,147 milhões de barris na semana passada, menos que os 3,100 milhões esperados. Por outro lado, os estoques de gasolina aumentaram 3,036 milhões, mais que os 200 mil de queda projetados, e os de destilados avançaram 1,399 milhão de barris, ante estimativa de queda de 1,700 milhão. O petróleo reagiu com baixa à notícia, o que contribuiu para acelerar a queda das bolsas e a alta com que o dólar já vinha operando.
A Bovespa teve uma queda comedida neste pregão pós-rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor's. O Ibovespa passou a tarde desta quinta-feira com uma oscilação ao redor de 0,5% de perdas, trabalhando em sintonia com o comportamento das bolsas internacionais. A realização de lucro encontrou a porta de saída em papéis como bancos, que também foram rebaixados ontem, Petrobras e Vale, entre outros.
O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 0,37%, aos 41.477 pontos, depois de ter subido nos quatro pregões anteriores. No mês, acumula ganho de 2,65% e, no ano, perda de 4,32%. O giro financeiro totalizou
R$ 4,784 bilhões.
Profissionais consultados nesta tarde não atribuíram o recuo da bolsa hoje ao rebaixamento da S&P ontem. "Acho que o rating tem valor para o mercado quando o país é investment grade. Quando você já não tem esse selo, que viabiliza principalmente negócios de muitos investidores institucionais, acho que pouco muda", avaliou Hersz Ferman, da Elite Corretora. "O mercado já precificou que estamos piorando, que a situação fiscal está pior, então não faz mais preço. Duvido que alguém tome uma decisão baseado na S&P", emendou. A seu ver, nem mesmo empresas que tiveram seus ratings reduzidos, na esteira do rating soberano, podem ter a queda da sessão atribuída a essa razão.
Um operador também considerou que uma realização é a explicação mais correta, mas ponderou que alguns papéis, como os de bancos, por exemplo, podem ter tido uma parcela da baixa relacionada ao rebaixamento anunciado pela agência de risco. Bradesco PN fechou hoje em baixa de 2,03%; Itaú Unibanco PN, -2,03%; BB ON, -3,67%; e Santander Unit, -0,43%. Vale ON caiu 3,36%; PNA, -2,79%; Petrobras PN cedeu 2,65%; e PN, -1,92%.
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