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Economia

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2016 às 20:01

Agronegócio vai adotar medidas contra tributação

Representantes do agronegócio afirmaram ontem que o setor está mobilizado e vai adotar todas as medidas legais contra novas tributações. Depois de uma série de reuniões que tiveram início na terça-feira, dia 16, e envolveram entidades de todo o País, o grupo fez duras críticas às propostas de aumentar a carga tributária do setor. Eles afirmaram que as primeiras ações serão contra o governo de Goiás, que publicou decreto no fim de janeiro criando limites para exportações de grãos e uma regra que permite cobrar ICMS sobre 30% das compras feitas por tradings e 40% sobre o que é processado pelas indústrias.
Representantes do agronegócio afirmaram ontem que o setor está mobilizado e vai adotar todas as medidas legais contra novas tributações. Depois de uma série de reuniões que tiveram início na terça-feira, dia 16, e envolveram entidades de todo o País, o grupo fez duras críticas às propostas de aumentar a carga tributária do setor. Eles afirmaram que as primeiras ações serão contra o governo de Goiás, que publicou decreto no fim de janeiro criando limites para exportações de grãos e uma regra que permite cobrar ICMS sobre 30% das compras feitas por tradings e 40% sobre o que é processado pelas indústrias.
Na prática, as tradings só poderão levar para fora do País volume equivalente a 70% do que comprarem dentro do estado; os 30% sobre os quais deverão pagar ICMS terão de ser direcionados para o mercado goiano. Para as indústrias, a regra é semelhante, mas mais dura: ela pode exportar 60% do que comprar e sobre os 40% restantes incidirá ICMS e devem ser vendidos a consumidores de Goiás. Para o setor produtivo, a decisão é tributação indireta sobre as exportações e cria reserva de mercado. O posicionamento adotado hoje pelas entidades é de impedir não apenas o tributo goiano, mas queoutras unidades da federação sigam o mesmo caminho.
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, fez duras críticas aos governos estaduais e federal. Segundo ele, é possível que o setor seja "surpreendido do dia para a noite com alguma tributação nova". "Da porteira para dentro o Brasil é muito competitivo. Tributar as exportações nos tira parte dessa competitividade e a preocupação é de que outros Estados façam o mesmo que Goiás", disse. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, afirmou que empresas que operam em Goiás devem deixar o Estado.
"Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a fazer uma tributação dessas e sofreu com a saída de empresas para outras regiões com custos menores", disse. "Isso pode ser constatado na diferença entre o desenvolvimento empresarial de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, um avançou mais que o outro", avaliou.
Os representantes ainda disseram que vão se mobilizar até mesmo contra a nova CPMF que o governo federal tenta emplacar. João Martins, o presidente da CNA, ainda se queixou de outras barreiras ao agronegócio. Segundo ele, o governo anunciou mais R$ 10 bilhões para as linhas de pré-custeio, mas as garantias também aumentaram.
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