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Economia

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2016 às 18:08

Setor de serviços tem queda de 3,6% em 2015

 TO GO WITH AFP STORY  A TRUCK CARRIES CONSTRUCTION MACHINERY NEAR THE REFINERY AND PROCESSING PLANT

TO GO WITH AFP STORY A TRUCK CARRIES CONSTRUCTION MACHINERY NEAR THE REFINERY AND PROCESSING PLANT "RIO DE JANEIRO PETROCHEMICAL COMPLEX" (COMPERJ), OWNED BY THE BRAZILIAN STATE ENERGY GIANT PETROBRAS, WHICH CONSTRUCTION WAS HALTED DUE TO THE CORRUPTION SCANDAL AT THE OIL COMPANY, IN ITABORAI, 60KM NORTH OF RIO DE JANEIRO, ON MARCH 19, 2015. THE CRISIS AT PETROBRAS CAUSED THE SUSPENSION OF THE WORKS AT COMPERJ AND DIRECTLY HIT THE REGIONS' ECONOMY, WITH SALES FALLING BY 80% AND UNEMPLOYMENT SURGING DRAMATICALLY. AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
A menor demanda das indústrias por frete e a menor contratação de serviços profissionais, administrativos e complementares por parte de empresas e do governo ajudaram a derrubar o setor de serviços em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os transportes terrestres recuaram 10,4% no ano, devido à menor demanda por transporte de matérias-primas e produtos. Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4%. Na soma de todos os segmentos, a queda do setor de serviços foi de 3,6%, o pior desempenho da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012.
A menor demanda das indústrias por frete e a menor contratação de serviços profissionais, administrativos e complementares por parte de empresas e do governo ajudaram a derrubar o setor de serviços em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os transportes terrestres recuaram 10,4% no ano, devido à menor demanda por transporte de matérias-primas e produtos. Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4%. Na soma de todos os segmentos, a queda do setor de serviços foi de 3,6%, o pior desempenho da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012.
"O transporte já vem apresentando retração ao longo de vários meses. O transporte de carga tem como seu principal demandante o setor industrial. Na medida em que o setor industrial passa por esse desaquecimento, ele implica por demanda menor de serviço de transporte, tanto para matéria-prima quanto para a distribuição de sua produção", explicou o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
"O setor de serviços é o último a sentir o impacto do desaquecimento (da atividade econômica). Ele primeiro atinge a indústria, o comércio. O setor de serviços é o último a absorver esse impacto, principalmente o setor informal. Certamente o informal deve estar crescendo, mas infelizmente não temos como medir na pesquisa", disse.
O segmento de serviços profissionais também foi impactado em 2015, reflexo da menor contratação por parte de empresas e do governo. Os serviços técnico-profissionais, por exemplo, tiveram retração de 9,7% no ano, a reboque do corte de gastos com grandes projetos, obras e investimentos. "Grandes empresas que prestavam serviços para projetos de engenharia em diversas áreas, como telecomunicações, óleo e gás... Esse segmento foi muito afetado por uma retração mais acentuada na demanda por esses serviços auxiliares de engenharia", disse Saldanha.
Já os serviços administrativos e complementares, que incluem limpeza e segurança, tiveram redução de 2,4% no ano, mas aprofundaram a queda ao longo dos meses. Em dezembro de 2015 ante dezembro de 2014, o recuo chegou a 7,3%.
A retração só não foi maior no setor de serviços como um todo em 2015 porque a área mais pesada, que é a de serviços de informação e comunicação, ficou estável (0,0%). Houve redução na demanda das famílias por televisão por assinatura e substituição de serviços de telefonia por meios de comunicação digital, ressaltou Saldanha, mas o setor conseguiu evitar uma perda real no ano.
O aperto no orçamento dos trabalhadores também diminuiu a demanda pelo segmento de serviços prestados às famílias, que acumulou queda de 5,3% no ano. Mas a atividade já vinha apresentando taxas negativas desde junho de 2014, observou o IBGE.
Nos resultados regionais de dezembro de 2015, na comparação com igual mês do ano anterior, os destaques positivos foram Roraima (12,6%), Mato Grosso (10,5%) e Rondônia (3%). As maiores variações negativas de volume foram observadas no Amapá (-16,8%), Maranhão (-13,8%) e Bahia (-12,7%). No Rio Grande do Sul, o volume de serviços recuou 4,8% em dezembro do ano passado, na comparação com o mesmo mês de 2014, e caiu 4,1% no ano.
Na análise apenas sobre as atividades turísticas, foram registradas variações positivas no Distrito Federal (10,4%) e São Paulo (1%). As variações negativas de volume ocorreram no Espírito Santo (-9,9%), Santa Catarina (-9,4%), Goiás (-6,6%), Ceará (-4,4%), Minas Gerais (-4%), Pernambuco (-3,7%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Bahia (-2,9%), Rio de Janeiro (-2,1%) e Paraná (-1,8%).
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