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Balanços

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 22:52

Banrisul tem lucro líquido de R$ 848,8 milhões em 2015

Na manhã de ontem, antes da abertura do mercado, o Banrisul apresentou o balanço financeiro de 2015. Mesmo em um ano considerado pela própria direção como "um período de inflexão", os demonstrativos da instituição revelaram a obtenção de um lucro líquido de R$ 848,8 milhões. A cifra equivale a um acréscimo de 22,8% sobre os valores de 2014. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 149,5 milhões, 39,8% inferior ao mesmo intervalo de 2014. No que se refere ao chamado resultado recorrente, dado pelo valor ajustado a eventos extraordinários, o crescimento foi de 0,7%, atingindo R$ 758,5 milhões no decorrer do último exercício. Excluindo os eventos extraordinários, o lucro líquido recorrente caiu 15,9% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 148,9 milhões. O desempenho refletiu, de maneira mais acentuada, o maior fluxo das provisões de crédito, o aumento das margens financeiras, a expansão das receitas de tarifas e serviços relacionadas às áreas de adquirência, seguros, previdência e capitalização. Na avaliação do presidente do banco, Luiz Gonzaga Veras Mota, os efeitos do cenário moldado pela retração na demanda por empréstimos e a elevação generalizada dos índices de inadimplência no sistema financeiro foi responsável pela produção de resultados mais contidos. Exemplo disso pode ser constatado pelo aumento nas chamadas provisões para perdas recurso destinado na forma de despesa para arcar com eventuais prejuízos gerados pelo descumprimento dos pagamentos por parte dos tomadores. Diante de índices de inadimplência em níveis superiores às médias históricas de 5% (em operações de 60 dias) e 4,32% (em operações de 90 dias) , o bancou foi forçado a revisar essas provisões em nada menos do que 97,8%, ou o equivalente a R$ 767,2 milhões na comparação com 2014. Deste modo, essa classe de despesas foi elevada a R$ 1,55 bilhão. "Em 2015, houve uma elevação de pedidos de recuperação judicial. Esse foi o principal fator para o aumento da inadimplência. Por certo que isso afetou os resultados. Cerca de R$ 700 milhões foram acrescentados às despesas. Do contrário, teríamos lucro líquido acima de R$ 1 bilhão", argumenta Gonzaga. A inadimplência também gerou efeitos sobre as liberações de crédito, que avançaram somente 5%, atingindo R$ 32 bilhões no ano passado. O ritmo não acompanhou o compasso da evolução dos ativos totais que foi de 12,4%, passando de R$ 65,292 bilhões, em 2014, para R$ 66,937 bilhões em 2015. Do montante, cerca de 20% está imobilizado em depósitos compulsórios e ativos permanentes, 31,5% em títulos de valores mobiliários (que também compõem os indicadores de liquidez no sistema financeiro) e os 47,8% restantes são justamente as operações de crédito. "Para o crédito, não percebemos, em curto prazo, uma mudança de cenários. A demanda está reprimida e isso exige cautela", comenta Gonzaga. Para 2016, conforme o presidente, o objetivo é melhorar o risco e estruturar operações mais abrangentes, principalmente com pessoas jurídicas de grande porte. Por isso, a estratégia do Banrisul tende a se manter em níveis classificados como "defensivos".
Na manhã de ontem, antes da abertura do mercado, o Banrisul apresentou o balanço financeiro de 2015. Mesmo em um ano considerado pela própria direção como "um período de inflexão", os demonstrativos da instituição revelaram a obtenção de um lucro líquido de R$ 848,8 milhões. A cifra equivale a um acréscimo de 22,8% sobre os valores de 2014. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 149,5 milhões, 39,8% inferior ao mesmo intervalo de 2014.

No que se refere ao chamado resultado recorrente, dado pelo valor ajustado a eventos extraordinários, o crescimento foi de 0,7%, atingindo R$ 758,5 milhões no decorrer do último exercício. Excluindo os eventos extraordinários, o lucro líquido recorrente caiu 15,9% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 148,9 milhões.

O desempenho refletiu, de maneira mais acentuada, o maior fluxo das provisões de crédito, o aumento das margens financeiras, a expansão das receitas de tarifas e serviços relacionadas às áreas de adquirência, seguros, previdência e capitalização. Na avaliação do presidente do banco, Luiz Gonzaga Veras Mota, os efeitos do cenário moldado pela retração na demanda por empréstimos e a elevação generalizada dos índices de inadimplência no sistema financeiro foi responsável pela produção de resultados mais contidos.

Exemplo disso pode ser constatado pelo aumento nas chamadas provisões para perdas recurso destinado na forma de despesa para arcar com eventuais prejuízos gerados pelo descumprimento dos pagamentos por parte dos tomadores. Diante de índices de inadimplência em níveis superiores às médias históricas de 5% (em operações de 60 dias) e 4,32% (em operações de 90 dias) , o bancou foi forçado a revisar essas provisões em nada menos do que 97,8%, ou o equivalente a R$ 767,2 milhões na comparação com 2014. Deste modo, essa classe de despesas foi elevada a R$ 1,55 bilhão.

"Em 2015, houve uma elevação de pedidos de recuperação judicial. Esse foi o principal fator para o aumento da inadimplência. Por certo que isso afetou os resultados. Cerca de R$ 700 milhões foram acrescentados às despesas. Do contrário, teríamos lucro líquido acima de R$ 1 bilhão", argumenta Gonzaga.

A inadimplência também gerou efeitos sobre as liberações de crédito, que avançaram somente 5%, atingindo R$ 32 bilhões no ano passado. O ritmo não acompanhou o compasso da evolução dos ativos totais que foi de 12,4%, passando de R$ 65,292 bilhões, em 2014, para R$ 66,937 bilhões em 2015.

Do montante, cerca de 20% está imobilizado em depósitos compulsórios e ativos permanentes, 31,5% em títulos de valores mobiliários (que também compõem os indicadores de liquidez no sistema financeiro) e os 47,8% restantes são justamente as operações de crédito. "Para o crédito, não percebemos, em curto prazo, uma mudança de cenários. A demanda está reprimida e isso exige cautela", comenta Gonzaga.

Para 2016, conforme o presidente, o objetivo é melhorar o risco e estruturar operações mais abrangentes, principalmente com pessoas jurídicas de grande porte. Por isso, a estratégia do Banrisul tende a se manter em níveis classificados como "defensivos".
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Volume financeiro transacionado da Vero é de R$ 20,8 bilhões

Estabelecimentos credenciados na rede somaram 186,1 mil

Estabelecimentos credenciados na rede somaram 186,1 mil


BANRISUL/DIVULGAÇÃO/JC
A Banrisul Cartões teve lucro líquido de R$ 160,8 milhões em 2015, resultado 37,3% superior ao do ano anterior. A cifra já equivale a 19% do lucro líquido total do banco no exercício passado. Já o patrimônio líquido da empresa registrou R$ 380,8 milhões no final de dezembro de 2015, aumento de 47,5% em relação ao mesmo período de 2014.
A subsidiária opera em dois segmentos de negócios: a rede de adquirência Vero e os cartões de benefícios BanriCard. Nesse contexto, o volume financeiro transacionado na Vero alcançou R$ 20,8 bilhões em 2015, alta de 39,4% no comparativo com 2014. No final de 2015, a quantidade de estabelecimentos credenciados atingiu 186,1 mil, alta de 15,6% em relação a 2014.
Pelos cartões BanriCard, que operaram 21,3 milhões de transações no ano, o faturamento somou R$ 1,2 bilhão, alta de 7,1% em relação a 2014. Os estabelecimentos credenciados que aceitam os cartões BanriCard somaram 127,1 mil em 2015, aumento de 45,5% em comparação com 2014
No final de 2015, esse segmento contava com mais de 10,7 mil empresas conveniadas e 815 mil cartões, crescimento de 8,4% e 6,6%, respectivamente, ante o final de 2014.