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Economia

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2016 às 17:25

Alta do iene ameaça crescimento do Japão

 A man walks past an electric quotation board flashing the Nikkei key stock index of the Tokyo Stock Exchange (TSE) in front of a securities company in Tokyo on February 10, 2016. Tokyo stocks again dropped on February 10 to their lowest level since late 2014, as fears of a global recession hammered investor confidence ahead of testimony by the head of the US central bank.      AFP PHOTO / Toru YAMANAKA

A man walks past an electric quotation board flashing the Nikkei key stock index of the Tokyo Stock Exchange (TSE) in front of a securities company in Tokyo on February 10, 2016. Tokyo stocks again dropped on February 10 to their lowest level since late 2014, as fears of a global recession hammered investor confidence ahead of testimony by the head of the US central bank. AFP PHOTO / Toru YAMANAKA


TORU YAMANAKA/AFP/JC
O iene se fortaleceu a seu nível mais forte ante o dólar desde 2014, diante da corrida global por segurança em pregões recentes. Isso ameaça, porém, o delicado equilíbrio que o primeiro-ministro Shinzo Abe e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) desejam construir no mercado. A volatilidade dos mercados financeiros leva importantes investidores globais a buscar a segurança no iene, que se valorizou para a casa dos 115 ienes ante o dólar na terça-feira, mesmo com a decisão do BoJ de introduzir no mês passado taxa de juros negativa.
O iene se fortaleceu a seu nível mais forte ante o dólar desde 2014, diante da corrida global por segurança em pregões recentes. Isso ameaça, porém, o delicado equilíbrio que o primeiro-ministro Shinzo Abe e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) desejam construir no mercado. A volatilidade dos mercados financeiros leva importantes investidores globais a buscar a segurança no iene, que se valorizou para a casa dos 115 ienes ante o dólar na terça-feira, mesmo com a decisão do BoJ de introduzir no mês passado taxa de juros negativa.
A apreciação do iene pode ameaçar os planos do Japão de uma retomada do crescimento com sua nova política monetária, o que dirigentes de bancos centrais esperam que encoraje o gasto dos consumidores. Mas uma moeda mais forte pesa sobre os lucros das empresas japonesas, ao tornar as exportações mais caras, e resultados corporativos mais fracos podem significar um freio nos salários e nos gastos.
Economistas também disseram que os juros negativos são adotados em meio a uma série de ventos contrários, como o crescimento baixo, os preços fracos das commodities, a incerteza sobre a economia chinesa e a alta dos juros nos EUA. Essas forças devem continuar a agir, o que retira parte do benefício das taxas negativas.
A economia japonesa provavelmente encolheu levemente no quarto trimestre, segundo estimativas, o que representaria a segunda contração em três trimestres. Os dados serão divulgados no dia 15. A fraqueza no mercado de ações pode levar companhias a não elevar salários durante as negociações que ocorrem na primavera local, mesmo diante dos pedidos de Abe para que os executivos deem esse passo.
Ex-funcionário do BoJ e agora no Fujitsu Research Institute, Hideo Hayakawa afirmou que o relaxamento monetário ainda não gerou um ciclo positivo de gastos e investimentos. Os salários reais recuaram em 2015 pelo quarto ano seguido.
Economistas disseram que a adoção de taxa de juros negativa pelo BoJ teve como objetivo enfraquecer o iene e impulsionar os preços das ações, porém ocorreu o oposto disso. Na terça-feira, o juro do bônus de 10 anos do Japão caiu para território negativo pela primeira vez, enquanto o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em queda de 5,4%, maior recuo percentual desde junho de 2013. Ontem, o Nikkei caiu 2,31%.
Desde seu lançamento, há mais de três anos, as diretrizes políticas de Abe receberam boa parte de seu combustível do iene fraco, que torna as exportações japonesas mais competitivas e aumenta o valor em ienes dos produtos vendidos fora. Agora, porém, as preocupações com o exterior levam investidores a comprar o iene, visto como um ativo seguro. Alguns economistas avaliam que o BoJ pode levar a taxa de juro para território ainda mais negativo. Porém o analista Yuji Kameoka, da Daiwa Securities, afirmou que o BoJ não deve ter muito espaço para dar esse passo, diante do potencial revés que isso representará para os resultados dos bancos.
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