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Colunas#Painel Econômico

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2016 às 23:00

Carne de cordeiro está muito cara

 Ruy Gessinger Pecuária, Unistalda, janeiro 2016, foto Ruy Gessinger.jpg

Ruy Gessinger Pecuária, Unistalda, janeiro 2016, foto Ruy Gessinger.jpg


RUY GESSINGER
A revalorização da ovinocultura, que vem acontecendo, nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, é importante para a economia de determinadas regiões do Estado, pois se trata de uma atividade que cria riqueza, dá emprego no campo e usa áreas não apropriadas para a agricultura. Esta revalorização se deu pela substituição do ovino-lã pelo ovino-carne, com maior demanda no mercado de consumo, em oposição à diminuição do mercado da lã no mundo (agora lã está atraente de novo). A valorização do ovino-carne foi extraordinária, pois, há pouco mais de 10 anos, o mercado pagava pouco acima de R$ 1,00 pelo quilo vivo do animal. Hoje, os preços chegam a R$ 6,00 e até R$ 7,00 kg/vivo, maiores do que os preços do boi, que andam em torno de R$ 5,50. Para o criador foi muito bom. Deu rentabilidade à atividade e voltou aos bons tempos da lã, quando a ovelha pagava todas as despesas da estância.
A revalorização da ovinocultura, que vem acontecendo, nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, é importante para a economia de determinadas regiões do Estado, pois se trata de uma atividade que cria riqueza, dá emprego no campo e usa áreas não apropriadas para a agricultura. Esta revalorização se deu pela substituição do ovino-lã pelo ovino-carne, com maior demanda no mercado de consumo, em oposição à diminuição do mercado da lã no mundo (agora lã está atraente de novo). A valorização do ovino-carne foi extraordinária, pois, há pouco mais de 10 anos, o mercado pagava pouco acima de R$ 1,00 pelo quilo vivo do animal. Hoje, os preços chegam a R$ 6,00 e até R$ 7,00 kg/vivo, maiores do que os preços do boi, que andam em torno de R$ 5,50. Para o criador foi muito bom. Deu rentabilidade à atividade e voltou aos bons tempos da lã, quando a ovelha pagava todas as despesas da estância.

Carne de cordeiro II

Mas a moeda tem outro lado. Fez-se tanta propaganda em cima da qualidade e da sanidade da carne de cordeiro - que se tornou sofisticada -, que a demanda superou a oferta, e os preços, para o consumidor, dispararam. Chegaram a verdadeiros absurdos, como constata Ruy Gessinger, ex-desembargador do Tribunal de Justiça, hoje pecuarista em Unistalda, onde cria gado Angus, cavalos Crioulos e ovinos Ile de France. Apesar de estarmos na safra do cordeiro, em açougue na praia, ele encontrou a carne a R$ 70,00 o quilo, enquanto a costela de gado estava a R$ 40,00. E fez suas contas. Um bom cordeiro pesa 50 kg. Com o quilo vivo a R$ 5,00, sai da fazenda por R$ 250,00 cada um. Abatido, dará rendimento de 50%/60%. Somando impostos, combustíveis, energia, folha de pagamento dos empregados do abatedouro e distribuição, o quilo passaria a um custo de R$ 20,00. É fora da realidade, então, que, no açougue ou no supermercado, chegue a
R$ 70,00. "Nós, que cuidamos dos bichos, quebramos geadas para salvar os cordeirinhos do frio, pegando ressolanas, ganhamos R$ 5,00 pelo quilo. Lá na ponta, vendem por R$ 70,00!"
 

Imposto de Renda

Apesar da tabela do Imposto de Renda estar com defasagem de 72,2%, pois as quedas vêm se acumulando desde 1996, o governo não pretende atualizá-la, para prejuízo dos contribuintes. Mas 17 grandes confederações nacionais de trabalhadores resolveram lançar uma campanha tentando forçar o governo a fazer uma atualização.
 

Representantes

O Grupo Marpa, que trabalha com propriedade intelectual e registro de patentes, abriu 56 vagas para representantes no Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. Enviar currículos para [email protected] ou cadastrar no site da Marpa www.marpa.com.br.
 

Turismo

Os vitivinicultores da Serra gaúcha que também se dedicam ao enoturismo, recebendo visitantes em suas cantina, lamentam a má safra deste ano, mas comemoram os bons resultados turísticos de 2015: 397.529 visitantes passaram pelo Vale dos Vinhedos no ano, número nunca antes atingido. O aumento em relação ao ano anterior foi de 34%, superando as expectativas da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), que projetava um incremento de 10% a 15%. As previsões para 2016 seguem otimistas devido à alta do dólar, que tem, inclusive, incentivado os consumidores a optarem por vinhos e espumantes nacionais, embalados pelas experiências que o enoturismo proporciona.
 

Não vem

A presidente da República, Dilma Rousseff, não irá a Caxias do Sul para a abertura da Festa da Uva, dia 18. A informação foi transmitida ao prefeito Alceu Barbosa Velho pelo assessor da Presidência Alvaro Baggio.
 

Ultravioletas

A partir de agosto, os brasileiros poderão monitorar a exposição a raios ultravioletas pelo celular. A La Roche-Posay (L'Oreal) apresentou, em Las Vegas (EUA), o My UV Patch, um adesivo para a pele que mede e monitora a exposição aos raios ultravioletas. Com a ajuda de um aplicativo de celular, o usuário tira uma foto do My UV Patch, maleável e individual, e o sistema determina a quantidade de radiação solar à qual ele foi exposto. A novidade chegará ao Brasil já em agosto.
 

Cidade sem lei

Os comerciantes do bairro Cidade Baixa continuam reclamando da insegurança na região, onde ocorrem assaltos, ataques a motoristas para roubar os carros e invasão de estabelecimentos comerciais, sem que apareça um policial sequer na região, tanto da Brigada Militar quanto da Polícia Civil. Na sexta-feira, um restaurante sofreu uma invasão de três ladrões armados de revólveres que levaram todos os pertencentes dos clientes.
 

O Dia

  • A Associação Comercial de Porto Alegre comemorou 158 anos no início da semana. É uma das mais longevas entidades representativas do comércio gaúcho.
  • Até o dia 6 de março, o Iguatemi recebe a Feira do Estudante. Mais de 5 mil itens escolares, como livros didáticos, canetas, cadernos e mochilas, todos os dias, no 1º piso da praça Erico Verissimo.
  • Começará a circular a nova edição da revista Press Advertising. Principal reportagem é a discussão dos limites da imprensa e da propaganda.
  • A Conab realizará novo leilão de feijão, ofertando 4,85 mil toneladas. Às 9h, em Brasília.
  • A CIC Caxias do Sul realizará almoço com o secretário do Meio Ambiente daquela cidade, Adivandro Rech, sobre licenciamento ambiental.
  • A especialista em tributos da Pactum Martina Robinson explicará as novas disposições do ICMS nas operações interestaduais, às 14h.