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A voz do Pastor

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 00:17

Quaresma e Campanha da Fraternidade

No Brasil, desde 1963, realiza-se, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, que é orientada por objetivos gerais: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus; educar para a vida em fraternidade; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
No Brasil, desde 1963, realiza-se, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, que é orientada por objetivos gerais: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus; educar para a vida em fraternidade; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
A Campanha da Fraternidade se desenvolve durante o tempo quaresmal, que é marcado por um caminho penitencial. Trata-se de um caminho iluminado pelo desejo de conversão.
Caminho, porque processo existencial, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo-missionário do Crucificado-Ressuscitado. Conversão, porque pressupõe mudança de vida, é um itinerário de libertação pessoal, comunitário e social.
Os tradicionais exercícios quaresmais - a oração, a esmola e o jejum - representam precioso auxílio para viver mais intensamente, individual e comunitariamente, o batismo.
Oração é aproximação, nova relação, exposição, intimidade. Oração é uma mão estendida para o divino, é busca do coração do Pai! A oração nos faz participantes da riqueza divina.
Esmola é exercício de abertura para o próximo, de crescimento em nossa filiação divina. Ela manifesta "um ato que indica o fazer-se companheiro de viagem junto a quantos se encontram em dificuldade". A esmola nos faz crescer na filiação divina: sermos generosos como o Pai o é!
Jejum é abster-se, esvaziar-se, abrir-se. Ele nos humaniza e nos torna mais sensíveis e solidários. Ao nos esvaziarmos de nós mesmos, podemos ser fecundados pela suavidade da gratuidade de um Deus-Amor. No jejum, somos reintegrados. O caminho quaresmal possui, pois, implicância pessoal, comunitária e social.
A Campanha da Fraternidade procura ressaltar este aspecto comunitário e social da Quaresma, sem descuidar daquele pessoal. Ela propõe também uma motivação comunitária para a conversão e a mudança de vida.
Durante a Quaresma, e em sintonia com a Campanha da Fraternidade, somos exortados a redescobrir como a "espiritualidade se aprofunda quando superamos 'a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor' e descobrir que Jesus quer 'que toquemos a carne sofredora dos outros', dedicando-nos ao 'cuidado generoso e cheio de ternura' de nossos irmãos e irmãs e de toda a criação". Em um mundo marcado pela globalização da indiferença e pela exaltação do individualismo, somos exortados a promover um trabalho conjunto em favor do bem comum e da "casa comum".
O bem comum deve ser promovido e conservado. Em nosso Brasil, assistimos a tantos sinais de falta de cuidado e de promoção do bem comum! A corrupção presente em alguns setores é uma "praga apodrecida da sociedade" (...), pois "mina as próprias bases da vida pessoal e social". Ela "impede de olhar para o futuro com esperança, porque, com a sua prepotência e avidez, destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres".
A casa comum sofre, à causa do processo desenvolvimentista implantado, um processo de deterioração preocupante. Ela suplica proteção e cuidado. O desenvolvimento necessário deve ser sustentável e integral. Para isso, urge encontrar soluções globais em favor de um projeto comum marcado pela corresponsabilidade. A Campanha da Fraternidade representa oportunidade para, no tempo privilegiado da Quaresma, promover a dimensão comunitária e social da fé. Celebrada em um tempo específico e sustentada pelos tradicionais exercícios quaresmais, ela orienta o fiel na tarefa de sanar as relações consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com o Criador.
 
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