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Portos

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 16:19

Antaq prevê novo recorde de movimentação portuária

 621593-01-02.JPG NOTAS DE DÓLAR DOS EUA ARQUIVO   AN EMPLOYEE COUNTS US DOLLARS AT A BUREAU DE CHANGE IN DOWNTOWN RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD &POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING.                  AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA

621593-01-02.JPG NOTAS DE DÓLAR DOS EUA ARQUIVO AN EMPLOYEE COUNTS US DOLLARS AT A BUREAU DE CHANGE IN DOWNTOWN RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD &POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
O recorde de movimentações portuárias registrado em 2015 deverá ser batido novamente em 2016, informou o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Mário Povia. A expectativa dele e de outros diretores da agência foi manifestada em meio a um balanço sobre os números apresentados pelo setor. De acordo com a Antaq, em 2015, os portos brasileiros movimentaram 1.007.542.986 bilhão de toneladas.
O recorde de movimentações portuárias registrado em 2015 deverá ser batido novamente em 2016, informou o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Mário Povia. A expectativa dele e de outros diretores da agência foi manifestada em meio a um balanço sobre os números apresentados pelo setor. De acordo com a Antaq, em 2015, os portos brasileiros movimentaram 1.007.542.986 bilhão de toneladas.
O número é 4% maior do que o registrado em 2014. "Com isso, a participação brasileira na movimentação marítima internacional (que em 2015 chegou a 20 bilhões de toneladas) ficou em 3,8%", disse o diretor-geral. Segundo ele, a ligeira diferença entre os números apresentados pela Antaq e os apresentados, na semana passada, pela Secretaria de Portos se deve à variação que é registrada semanalmente pelas bases de dados usadas pelos dois órgãos.
"Nossa expectativa é que em 2016 o recorde seja novamente batido. Estou bastante convicto disso", disse Povia. Segundo ele, "um conjunto de fatores extraportos" deverá contribuir com o novo recorde. "Estamos dotando o País de estruturação. Nossa expectativa é que a melhoria no modus operandi das ferrovias também contribua para isso."
Para o diretor, esse crescimento de 4% nas movimentações portuárias, obtido em meio a um Produto Interno Bruto (PIB) recuando, se deve "em primeiro lugar", ao fato de, agora, o País dispor "de uma infraestrutura que melhor responde às demandas". Em segundo lugar, Povia aponta "o favorecimento cambial (dólar em alta) para exportação de commodities"; e em terceiro lugar, a safra brasileira, que ano a ano vem apresentando resultados bastante positivos.
"O mercado de commodities agrícolas certamente continuará forte, com previsão de chuvas e de maior produtividade. A expectativa é de uma boa movimentação de granéis e vegetais. A de celulose também está indo muito bem, a exemplo dos minérios. Os (produtos) siderúrgicos terão incremento, e o agronegócio, com entrada de fertilizantes, deverá ficar mais forte. Já os contêineres dependerão da economia, que, a meu ver, deverá ser menos ruim do que em 2015", argumentou o diretor.
Povia explica que a crise pela qual passa o País poderá favorecer mudanças nas operações "feitas por meio de uma estruturação, que está cada vez mais forte". "Por exemplo, as empresas (de logística) do setor rodoviário poderão fazer as contas e concluir que o escoamento de cargas pode ficar mais barato pelo modal aquaviário, inclusive de cabotagem."

Minério de ferro foi o produto que mais contribuiu para elevar números do setor

 621593-01-02.JPG NOTAS DE DÓLAR DOS EUA ARQUIVO   AN EMPLOYEE COUNTS US DOLLARS AT A BUREAU DE CHANGE IN DOWNTOWN RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD &POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING.                  AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA

621593-01-02.JPG NOTAS DE DÓLAR DOS EUA ARQUIVO AN EMPLOYEE COUNTS US DOLLARS AT A BUREAU DE CHANGE IN DOWNTOWN RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON SEPTEMBER 10, 2015. THE BRAZILIAN REAL DEVALUATED THURSDAY 1.92% AGAINST THE US DOLLAR. BRAZIL WAS DOWNGRADED BY STANDARD &POOR'S FINANCIAL SERVICES COMPANY AND LOST ITS INVESTMENT-GRADE CREDIT RATING. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a movimentação de graneis sólidos nos portos brasileiros aumentou 7,24% em 2015, atingindo a marca de 632,6 milhões de toneladas, enquanto a movimentação de carga geral solta cresceu 5,71% (48,6 milhões de toneladas).
Já as de granel líquido e as de contêineres registraram quedas de 2,39% e de 1,13% (226,2 milhões e 99,9 milhões de toneladas, respectivamente). O minério de ferro foi o produto que mais contribuiu para a movimentação de cargas no País, chegando a um total de 400 milhões de toneladas (crescimento de 5,2% na comparação com o ano anterior).
Em segundo lugar estão os combustíveis, com 232 milhões de toneladas (queda de 2,1% na comparação com 2014). "O Arco Norte está com uma logística mais racional, principalmente para a produção do Centro-Norte. Mas, apesar disso, boa parte ainda é escoada via porto de Santos", disse ele. A Antaq identifica "reflexos bastante positivos" nos portos do Pará e do Maranhão. "O porto de Itaqui (MA), por exemplo, cresceu 87% por causa da entrada em operação de grandes armazéns e por causa da melhora da infraestrutura logística, com a chegada da ferrovia (as interligações concluídas na Ferrovia Norte-sul)", acrescentou.
De acordo com a Antaq, a exportação agrícola por meio do Arco Norte passou de 16% para 21%, número que pode crescer ainda mais, uma vez que 58% da produção agrícola está naquela região a chamada nova fronteira agrícola, que abrange áreas das regiões Centro-Oeste e Norte.
Povia ressaltou que a queda registrada no número de atracações (-7,7%) representa uma "boa notícia", já que indica maior produtividade. "É positivo, porque há mais navios maiores nos rios brasileiros. Esses rios apresentam agora maior profundidade (após a conclusão de obras de dragagem). Com isso há um melhor aproveitamento nas atracações. É importante reconhecer que esses ganhos são oriundos dos investimentos em infraestrutura", completou.

Frete para a China sai mais em conta que serviço de motoboy

Por R$ 300,00 não dá para pagar o serviço de um motoboy para ir e voltar dos aeroportos de Campinas e Guarulhos (SP) ou mandar uma caixa de Sedex de Brasília a São Paulo.
Mas é suficiente para pagar o frete de um contêiner com 20 toneladas de produtos da China para o Brasil. O valor do frete marítimo de contêineres entre a Ásia e o Brasil caiu até 85% em relação a 2014 e é o menor da história da navegação entre os países, segundo o maior operador de navios no Brasil, a Maersk.
O preço de US$ 75 apurado com operadores portuários para trazer um contêiner de 40 pés de Hong Kong para o porto de Santos (SP), o maior do Brasil, equivale a menos de 10% do custo para trazer o mesmo equipamento de Miami, nos EUA, local bem mais próximo.
Também é mais baixo que enviar por Sedex, serviço de entrega do Correios, uma caixa cúbica de 60 centímetros, com três quilos dentro, de São Paulo a Brasília (R$ 337,00, segundo o site da empresa). Um frete por caminhão de São Paulo a Brasília de uma carga de 50 quilos também sairia mais caro segundo sites da internet (R$ 786,00). Para um motoboy levar um documento entre o aeroporto de Guarulhos e de Campinas, o preço do frete vai a R$ 424,00. O frete não é o único custo para quem traz o contêiner. A empresa ainda tem que pagar outros valores, como movimentação e estocagem. Nesse tipo de caixa, em geral, chegam produtos de maior valor, como peças para carros e eletrônicos.
O preço baixo é gerado por uma distorção no mercado. As companhias de navegação aumentaram a capacidade dos navios que fazem linhas entre a Ásia e com o Mercosul, apostando no aumento do fluxo de comércio entre as duas regiões, registrado a partir da década passada.
Mas a brusca queda de demanda dos países da região por importados gerou uma gigantesca ociosidade nos navios, levando à redução drástica dos preços.Em 2015, houve redução de 9,4% na importação por contêineres no Brasil, segundo a Secretaria de Portos. O movimento total de cargas nos portos cresceu 4% ante 2014, puxado pela exportação de minério e de produtos agrícolas como soja e milho.